A expectativa de vida do brasileiro subiu para 72,7 anos em 2007, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1997, o estudo apontava uma expectativa de 69,3 anos no país. Em 2006, era de 72,3 anos.

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Ainda segundo a pesquisa "Síntese de Indicadores Sociais", a vida média do brasileiro ao nascer, entre 1997 e 2007, cresceu 3,4 anos, com as mulheres em situação bem mais favorável que a dos homens (73,2 para 76,5 anos, no caso das mulheres, e 65,5 para 69,0 anos, para os homens).

A pesquisadora Ana Lúcia Sabóia, gerente de Indicadores Econômicos do IBGE, diz que o avanço na expectativa de vida é um reflexo dos avanços da medicina e da melhoria das condições de vida. Ela considera o resultado "bastante agradável".

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A taxa de mortalidade, que representa a freqüência com que ocorrem óbitos em uma população, caiu de 6,6‰, em 1997, para 6,23‰, em 2007. A taxa de fecundidade total no país manteve sua tendência de declínio, ao passar de 2,54 para 1,95 filho em média por mulher, no mesmo período.

Segundo os pesquisadores, o aumento da esperança de vida, combinado com a queda do nível de fecundidade, levou ao aumento da população idosa. A principal fonte de informação para a definição dos indicadores foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-2007), cuja cobertura abrange todo o território nacional.

Idosos

Em 2007, a Pnad revelou a existência, no Brasil, de quase 20 milhões de idosos,correspondendo a 10,5% do total da população.

No período de 1997 a 2007, a população brasileira apresentou um crescimento de 21,6%. O incremento do contingente de 60 anos anos ou mais de idade, no entanto, foi bem mais acelerado: 47,8%. O segmento populacional de 80 anos ou mais de idade teve uma variação ainda maior: 86,1%.

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O número de crianças e adolescentes de até 14 anos de idade, segundo os dados da Pnad-2007, representava 25,4% do total da população, em 2007, enquanto em 1997 esse percentual era de 30,8%, uma redução de 17,5% nos últimos dez anos.

Pré-idosos

A pesquisadora Ana Luísa aponta outro dado relevante na pesquisa divulgada nesta quarta. Houve elevado crescimento de 59,9% da população que tem entre 50 e 59 anos, entre 1997 e 2007. Eles são considerados os "pré-idosos".

Esse incremento é reflexo da alta fecundidade no passado, além da queda da mortalidade infantil. É o primeiro grupo beneficiado com a queda da mortalidade infantil, que começou na década de 40. Em 2007, de acordo com o instituto,18,1 milhões de brasileiros estavam nessa faixa etária.

Mortalidade infantil

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A melhoria das condições de habitação, particularmente o aumento relativo do número de domicílios com saneamento básico e a ampliação da cobertura dos serviços de saúde, vem contribuindo para reduzir as mortes infantis.

O estudo do IBGE mostra que a taxa de mortalidade infantil permanece em declínio, passando de 35,20‰ para 24,32‰, entre 1997 e 2007. O Rio Grande do Sul foi o estado que registrou a menor taxa de mortalidade infantil (13,50‰) e Alagoas, com 50‰, apresentou a mais elevada, em 2007.

Apesar da queda do índice de mortalidade infantil, a pesquisadora Ana Lúcia diz que o número ainda é considerado alto.