Uma forte explosão causou a destruição de ao menos nove apartamentos em um prédio residencial nesta segunda-feira (18) em São Conrado, na zona sul do Rio. Quatro pessoas ficaram feridas uma delas em estado grave foi encaminhada para hospital da região. As demais vítimas foram atendidas no local e não precisaram ser internadas.
O prédio, que tem 72 apartamentos em 19 andares, fica na rua General Olímpio Mourão Filho, que foi interditada para o trabalho dos bombeiros e da Defesa Civil. O incidente ocorreu por volta das 5h50 no apartamento 1.001.
Um morador do prédio, o estrangeiro Markus Müller, 51, foi retirado dos escombros em estado grave e encaminhado para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde passa por cirurgia. Segundo a Secretaria da Saúde, ele teve queimadura de segundo grau no tórax e no abdômen, além de lesões nos braços e pernas.
O secretário-executivo do Governo da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho, informou que a explosão pode ter sido ocasionada por um vazamento de gás no apartamento de um dos moradores. “O laudo de vistoria do prédio está em dia, ele foi feito há seis meses. Tudo indica que tenha sido uma explosão de gás. Há suspeita de que tenha acontecido na copa do apartamento do morador que foi socorrido”, disse Carvalho em entrevista à GloboNews.
Carvalho disse ainda que a prefeitura dará todo o suporte necessário aos moradores e que a estrutura do prédio não foi abalada. “A estrutura não está abalada. Há escombros que precisam ser retirados. Na medida em que forem retirados os escombros, nós vamos trazer aos poucos os moradores para retirar os seus pertences. A prefeitura dará toda a assistência necessária. A perícia da Polícia Civil vai detectar as causas da explosão”, concluiu.
A informação também foi confirmada mais cedo pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que mora próximo ao incidente e foi até o local. “O mais importante agora é que não existe risco estrutural. A informação que estou recebendo do bombeiro é que é vazamento de gás. Mas é preciso aguardar”, disse. Paes lembrou que poderia ter causado uma tragédia maior se ocorresse em horário de maior movimento.
A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, por meio da Defesa Civil, informou que realiza vistorias no prédio, mas que ainda “não é possível quantificar sobre imóveis interditados”. Segundo a pasta, as causas do acidente serão esclarecidas após perícia da Polícia Civil.
Os moradores do edifício relataram um barulho muito forte por volta das 5h50. Uma parte dos moradores imaginaram inicialmente se tratar de explosões das obras da linha 4 do metrô.
Alguns moradores pegaram pertences e documentos e desceram correndo. Moradores disseram também que alguns andares estão alagados e os elevadores do prédio teriam desabado com a explosão.
A primeira hipótese que ocorreu a Soraia Mathias, 49, quando ouviu a explosão que atingiu seu prédio em São Conrado foi: este prédio vai cair que nem o World Trade Center.
“Ouvi uma explosão muito forte e logo depois o barulho de concreto caindo. Nessas horas, a gente pensa muita coisa. A primeira imagem que me veio foi das torres gêmeas desabando”, disse a moradora do terceiro andar horas após o acidente, vestindo apenas um roupão.
Com o impacto da explosão, pedaços de concreto, de janelas e madeiras ficaram espalhados no térreo do prédio e até em edifícios vizinhos. Uma parte dos moradores foi levada para um playground num prédio de esquina, que está sendo usado pela prefeitura como base para atendê-los.
Motoristas que passavam pela estrada da Gávea e moradores de São Conrado e da Rocinha, localizada próxima ao local da explosão, relataram pelas redes sociais o susto provocado pelo barulho da explosão.
Luz e gás estão desligados do prédio. De acordo com a Ceg (Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro), equipes da companhia estão no local para auxiliar os bombeiros e garantir as medidas de segurança.
A companhia informa ainda que o condomínio é abastecido por gás canalizado e não consta nenhum registro de solicitação de verificação do apartamento 1001.