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tragédia

Explosão na zona norte do Rio de Janeiro fere sete pessoas e destrói 13 prédios

Treze imóveis foram destruídos e outros 41 estão interditados. | Pilar Olivares/Reuters
Treze imóveis foram destruídos e outros 41 estão interditados. (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

Uma explosão na madrugada de segunda-feira (19), em São Cristóvão, na zona norte do Rio, deixou sete pessoas feridas, entre elas uma criança de 9 anos. Os danos materiais foram extensos: 13 imóveis ficaram destruídos e outros 41 foram interditados na região. Segundo a Defesa Civil Municipal, a principal hipótese para a explosão, ocorrida na Rua São Luiz Gonzaga, é a de um vazamento de gás.

As sete pessoas feridas foram levadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, e passam bem. Ana Queila Araújo, de 38 anos, Mauro Araújo, de 44, Jair da Silva, de 27, e uma pessoa identificada apenas como Valdecir tiveram alta ainda na segunda. A menina Beatriz Araújo, de 9 anos, Manuel Lopes de Araújo, de 84, e Maria Márcia, de 28, foram liberados à tarde. Carlos Thomás, de 22 anos, foi socorrido pelos bombeiros, mas não se feriu.

Moradores contaram que ouviram um estrondo, viram um clarão e as paredes começaram a ruir. Depois da explosão, surgiram focos de incêndio.

A costureira Marlene Sangy, de 46 anos, acordou com o forte estrondo. O teto da quitinete onde mora com os dois filhos veio abaixo. “O teto estava desabando em cima da gente. Meu filho pegou a irmã rápido, gritando, tudo caindo em cima dela. E, quando chegamos ao corredor, não havia mais nada. Tinha caído tudo”, conta.

O soldador Márcio da Silva Rodrigues, morador de uma das quitinetes atingidas, contou ter retirado do local uma família de vizinhos, presos sob uma parede desabada. "Uma mocinha pediu socorro, dizendo que o pai estava embaixo dos escombros. Tinha uma parede sobre o casal e a criança, porque eles estavam em cima da cama. Conseguimos tirar", disse.

Rodrigues deixou seus dados com uma equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, assim como os demais moradores do conjunto de quitinetes. De acordo com o órgão municipal, outras 35 pessoas se cadastraram e apenas uma, pela falta de parentes na cidade, precisaria passar a noite em um abrigo.

Alguns moradores da região denunciaram uma possível negligência dos restaurantes que foram destruídos pela explosão ao guardar cilindros ou botijões de gás. Dono de uma loja de esportes parcialmente destruída, José Augusto Cabral afirmou que já tinha comunicado às autoridades que o restaurante vizinho fazia uso indevido de gás de botijão. “Quando estourou aquele caso na cidade [explosão do restaurante Filé Carioca, em 2011], eu fiz a denúncia para a Defesa Civil, a Região Administrativa e os bombeiros. Tinha um empregado que dizia que tinha botijão de gás na cozinha”. O Corpo de Bombeiros informou que não recebeu denúncias sobre os estabelecimentos destruídos.

O subsecretário de Defesa Civil, Márcio Motta, informou que o proprietário da pizzaria destruída admitiu que tinha cilindros de gás no estabelecimento. Mas ainda não era possível saber se o vazamento de gás aconteceu na pizzaria.

O coronel Ronaldo Alcântara, subcomandante do Corpo de Bombeiros, disse que foram encontrados oito vasilhames de gás nos escombros, o que não caracteriza a existência de um estoque.

Segundo os bombeiros, uma drogaria, o restaurante e a pizzaria destruídos na explosão deviam à corporação o certificado de aprovação, autorização dos bombeiros para o funcionamento do comércio. Nesse caso, cabe multa e até interdição.

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