Montecarlo (Mônaco) Depois de encontro com o ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, o diretor-geral de Serviços Judiciários de Mônaco, Philippe Narmino, afirmou ontem que o processo de extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola deve estar concluído até 15 de novembro.
O diretor-geral afirmou que, se o Brasil cumprir o prazo prometido de entregar todos os documentos necessários até 3 de outubro, a Corte de Apelações deve começar a analisar o caso em 20 de outubro. Em seguida, esse tribunal colegiado deve definir o destino de Cacciola em cerca de duas semanas.
No caso de a Corte decidir pela extradição do brasileiro, o processo é encaminhado por Narmino ao príncipe Albert 2.º, que tem a palavra final.
O diretor-geral fez questão de elogiar a visita de Tarso, dizendo que "esse contato pessoal facilita uma compreensão (do caso) que a distância atrapalha".
Cacciola era dono do banco Marka e foi condenado a 13 anos de prisão, em 2005, pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira no mercado brasileiro e peculato (usar o cargo para apropriação ilegal de dinheiro). No episódio, o governo brasileiro teve um prejuízo de R$ 1,6 bilhão.