No sentido horário, avião que invadiu o espaço aéreo brasileiro é interceptado por avião da FAB; sem obedecer as ordens de pousar, é perseguido; avião militar brasileiro dá tiros de advertência (risco tracejado à direita); por fim, o monomotor obedece e pousa| Foto: FAB/Divulgação

A aeronave boliviana voava a 500 metros quando foi localizada

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A Aeronáutica divulgou nesta sexta-feira (5) imagens da perseguição a um avião monomotor que estaria carregado com 176 kg de cocaína. A aeronave não chegou a ser abatida e dois bolivianos acusados de pilotar o avião foram presos nesta madrugada pelas polícias Civil e Federal.

Amparados pela Lei do Abate, os militares da FAB dispararam um tiro de aviso, depois de os pilotos terem ignorado os pedidos para pousar e, em seguida, feito uma manobra em direção à fronteira com a Bolívia.

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De acordo com a Aeronáutica, a aeronave suspeita, de matrícula boliviana, voava a uma altitude de 500 metros, quando foi identificada pelo avião-radar E-99 e por um A-29. Depois do tiro disparado, o piloto da aeronave suspeita teria colaborado e obedecido às ordens da FAB.

Os pilotos do monomotor, no entanto, anteciparam o pouso em uma estrada de terra de Izidrolândia, no distrito de Alta Floresta D´Oeste, interior de Rondônia. Apesar da apreensão do entorpecente, eles conseguiram fugir do local.

Desde a edição da Lei do Abate, em outubro de 2004, menos de dez tiros foram disparados nessas condições, segundo a FAB. Desde então, nenhum avião foi abatido no país. Houve apenas tiros de advertência.

Segundo a Aeronáutica, o monomotor conduzido pelos bolivianos transportava 176 kg de pasta base de cocaína. Inicialmente, a Polícia Federal havia estimado que seriam 300 kg de droga. A cocaína foi levada pela FAB na quinta-feira (4) para Porto Velho.