Uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios teria ordenado o assassinato de oito torcedores do Corinthians na sede da Pavilhão Nove, na Zona Norte de São Paulo, na noite de sábado, segundo a Polícia Civil informou ao telejornal Bom Dia São Paulo, na manhã desta segunda-feira. Dois suspeitos de participar da chacina já foram identificados pela polícia. O crime estaria relacionado ao tráfico de drogas.
O Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (Deic) e o Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc) já monitoravam alguns traficantes há alguns meses e com base em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a polícia identificou que alguns dos mortos nesta chacina comandariam pontos de venda de tráfico de drogas e se desentenderam com grupos rivais. Este seria um dos motivos da chacina. As vítimas tinham entre 19 e 38 anos.
Testemunhas contaram à polícia que três homens armados invadiram o local por volta das 23h depois de um dia de festa. Havia poucas pessoas na quadra, que preparavam bandeiras que seriam levadas para o jogo contra o Palmeiras, na Arena Corinthians, realizado neste domingo. Os criminosos renderam oito torcedores e obrigaram as vítimas a deitar. Em seguida, atiraram. Segundo o Departamento Estadual de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que assumiu a investigação, houve execução.
“Nós já temos uma linha de investigação, que não cai em briga de torcida”, declarou o delegado Arlindo José Negrão Vaz.
Foram mortos: Ricardo Junior Leonel do Prado, de 34 anos, André Luiz Santos de Oliveira, de 29 anos, Mateus Fonseca de Oliveira, de 19 anos, Fabio Neves Domingos, de 34 anos, Jhonatan Fernando Garzillo, de 21 anos, Marco Antônio Corassa Junior, de 19 anos, Mydras Schmidt, de 38 anos, e Jonathan Rodrigues do Nascimento, de 21 anos.
Os corpos de Fabio, Mateus, André, Jhonatan, Mydras e Ricardo devem ser enterrados na capital e Grande São Paulo na manhã desta segunda-feira.
Fábio Neves Domingos foi um dos 12 presos na tragédia após o jogo do Corinthians na Copa Libertadores da América de 2013, contra o San José, da Bolívia, quando o menino boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, de 14 anos, foi atingido por um sinalizador da torcida do Corinthians e morreu.