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Facção pode estar ligada a túnel aberto no Paraguai

Passagem para o cofre de uma transportadora começou a ser feita há oito meses | Reprodução
Passagem para o cofre de uma transportadora começou a ser feita há oito meses (Foto: Reprodução)

Pelo menos três brasileiros podem estar envolvidos na tentativa de assalto a uma transportadora de valores em Ciudad del Este, Paraguai, fronteira com Foz do Iguaçu, que culminou com a abertura de um túnel de 350 metros entre uma casa e a empresa. Desde ontem, 14 pessoas acusadas de participar do crime foram presas, a maioria de nacionalidade paraguaia. O alvo dos bandidos era um cofre com US$ 100 milhões.

Os brasileiros detidos são Carlos Alves da Silva e José Luiz Martins. Outro acusado, José Francisco da Silva, que teria alugado o imóvel, está foragido. Os policiais não descartam a participação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na ação.

Entre os paraguaios presos, segundo a Polícia Nacional do Paraguai, estão: Vicente Bogado Paiva, 37 anos, Silvino Cuevas Maldonado, 41 anos, Feliciano Portilho Franco, 45 anos, Gumercindo Páez Benítez, 44 anos, Miguel Ángel Segóvia Benítez, 44 anos, e Carlos Del Pila Yegros Borba, 55 anos. Três deles são trabalhadores que fazem poços e um é carpinteiro.

Com uma extensão equivalente a três quadras, o túnel foi descoberto na madrugada de segunda-feira, por funcionários da empresa que perceberam rachaduras no estacionamento. De acordo com a polícia, a passagem começou a ser feita há oito meses, a partir de uma casa alugada pelo brasileiro José Francisco da Silva. Foram pagos R$ 25 mil pelo aluguel antecipado.

A escavação, com um metro de altura e até 15 metros de profundidade, chega ao pátio da empresa. Por um erro de cálculo ficou a sete metros do cofre. Os aparatos usados para abrir o túnel – sistema telefônico, trilhos para carrinhos e cilindros de oxigênio – chamam a atenção da polícia. "A estrutura que vimos aqui, com sistema de ventilação e até de comunicação, provavelmente foi projetada por arquitetos ou engenheiros", disse o chefe das investigações Baldomero Jorge Benítez.

A Polícia Federal foi acionada para contribuir nas investigações. O delegado chefe da PF em Foz do Iguaçu, Ricardo Cubas César, diz que há uma colaboração para identificar os eventuais brasileiros ligados à quadrilha. A PF já dispõe de uma cópia do documento do suposto brasileiro que alugou o imóvel, José Francisco da Silva. Agora, será checado se a identidade é verdadeira.

A possibilidade da participação de integrantes da quadrilha que assaltou o Banco Central em Fortaleza, em 2005, quando foram levados R$ 164,8 milhões, o maior furto já registrado no país, é investigada. "Estamos investigando se houve assessoramento ou participação de pessoas envolvidas neste roubo", diz Cubas.

Cofre

O plano da quadrilha era concluir o assalto no último domingo, dia 13, durante o jogo entre Alemanha e Argentina. Eles explodiram um piso, entraram na empresa, mas ficaram longe do cofre. Para abafar o barulho, usaram rojões.

No entanto, como erraram o alvo desistiram da ação. A quadrilha só não persistiu com a escavação e chegou até o cofre porque não havia mais tempo hábil.

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