O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Sul Fluminense, JC Moreira, emitiu nota em repúdio à morte do jornalista Pedro Palma, assassinado, na noite de quinta-feira (6), na porta de casa, em Miguel Pereira, ao sul do estado do Rio de Janeiro. Segundo postagem no grupo "Jornalistas do Rio", do Facebook, ele pede justiça. "Queremos que o crime seja solucionado. O jornalista fala a verdade e acaba assassinado brutalmente".Pedro Palma tinha 47 anos e, segundo a Polícia, foi atingido por três tiros, disparados por dois homens que estavam sobre uma moto. Ele foi alvejado no ombro direito e no peito, também do lado direito. Os criminosos fugiram.
O delegado encarregado da investigação, Murilo Montanha, declara que Palma estava chegando em casa por volta das 19h30, quando foi surpreendido pelos pistoleiros em frente ao portão da residência onde morava com a mulher e uma filha, à rua Dona Carlota, 45, distrito de Governador Protela.
O jornalista era proprietário do jornal "Panorama Regional", fundado em 1994 no município de Paty do Alferes, a 117 km do Rio. "O jornal informava sobre tudo que é irregular, e isto nem sempre agrada todos", opina o delegado. Até às 21h30, nenhum dos telefones de contato da redação foi atendido.
A ocorrência foi registrada na 96ª DP (Miguel Pereira). Murilo Montanha afirma que ninguém foi preso e que, por enquanto, não há suspeitos. Ele informa que aguarda as imagens da câmera de segurança da residência da vítima -já solicitadas- e o depoimento de familiares para apurar o caso.
Montanha diz que não há registros de ameaças contra Pedro Palma. O corpo do jornalista foi velado e enterrado ontem, no Cemitério de Barro Branco, em Paty do Alferes, às 17h. Segundo relatório anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras, em 2013, cinco jornalistas foram assassinados no Brasil.
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