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Problemas na distribuição dos Correios têm causado, nos últimos dias, atrasos nas entregas de correspondências no país inteiro. Em Curitiba, informa o proprietário de uma agência franqueada dos Correios, que prefere não se identificar, nos últimos dois meses, as correspondências têm chegado ao destino com atraso médio de dois a três dias da data prevista. O motivo, informa a assessoria de imprensa dos Correios em Brasília, está na logística: faltam aviões cargueiros para o transporte das correspondências.

No caso do comerciante Ander­son Giraldelli, o atraso tem sido ainda maior. Proprietário de uma empresa de comércio eletrônico, ele afirma que produtos que normalmente levam sete dias úteis para chegar ao destino, nos últimos 40 dias têm levado15 dias úteis. "Por enquanto, ainda não tive prejuízo financeiro, mas a imagem da empresa com o cliente fica desgastada. Como trabalho no site Mercado Livre, a cada atraso dos Correios os clientes abaixam a nossa nota de qualificação", diz. De acordo com ele, o problema maior está na central de distribuição no Rio de Janeiro. "Rastreando a entrega pela internet, percebi que muitos produtos ficam retidos dias no Rio".

O proprietário da agência franqueada dos Correios, que prefere não se identificar, diz que tem alertado os clientes do problema. "An­­tes de o cliente enviar a correspondência, estamos avisando de que ela chegará atrasada", afirma. Mes­mo assim, só um dos clientes da agên­cia, informa o franqueado, encaminhou na semana passada 18 reclamações de atraso na entrega.

Ressarcimento

Apesar de os Correios admitirem o problema, a administração informa que só ressarce encomendas atrasadas quando a indenização já é prevista. Já para os usuários, cuja entrega de boletos bancários atrasou, a orientação é para que procurem a em­­presa emissora da cobrança para verificar se há outras formas de pagamento.

Por nota, os Correios informam que, entre as medidas emergenciais para contornar a falta de aeronaves cargueiras, foram contratadas novas empresas de aviação para suprir as linhas desativadas e outros trechos estão em processo de contratação. Os Correios também ampliaram o transporte terrestre e compraram espaço em aeronaves comerciais para despachar as encomendas.

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