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Três pessoas foram presas ontem no bairro Batel, em Curitiba, acusadas de aplicar um golpe contra uma dona de casa. Ela pagou R$ 381 mil, em várias parcelas, por supostos trabalhos espirituais que os suspeitos prestariam. Os presos são a taróloga Danielle Gaich Nicolitz; o marido dela, Carlos Eduardo Ivanovitch Júnior, e Dorival Simões, presidente do Conselho Mediúnico do Brasil (Cebras).

De acordo com a Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedec), a vítima filmou boa parte do suposto golpe, que aconteceu em várias sessões ao longo de quatro meses, e encaminhou os vídeos à RPC TV, que entrou em contato com a polícia. Os serviços espirituais estavam relacionados a um caso amoroso do filho da vítima.

O delegado titular do Dedec, Marcelo Lemos, afirmou que existem "imagens contundentes" comprovando a conduta criminosa da taróloga. "Temos indícios de que houve abuso por parte dos denunciados", explicou.

No total, segundo Lemos, a 14.ª Vara Criminal de Curitiba expediu cinco mandados de prisão. Além dos três presos, há duas pessoas foragidas, mas a polícia ainda não esclareceu qual seria a participação de cada uma delas na ação.

Na tarde de ontem, a polícia fez buscas em três locais, todos na capital paranaense: a residência de Danielle e do marido, onde funcionaria o consultório, a sede do Cebras e a casa do presidente. A reportagem tentou contato com o Cebras até o final da tarde de ontem, mas não obteve o retorno das ligações telefônicas.

Segundo Lemos, a taróloga já havia feito vítimas por crimes semelhantes em 2009. As denúncias, de acordo com a polícia, partiram de Toledo, no Oeste do estado.

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