O problema das filas de espera na unidade de saúde 24 hora do Fazendinha, mostrado na terça-feira no Paraná TV, não deve estar resolvido em menos de oito meses. De acordo com o diretor do Serviço de Urgência e Emergência do município, Matheus Chomatas, o problema não é a falta de médicos, mas sim a estrutura inadequada para atender a demanda. Mas as obras de ampliação do prédio só vão começar em dezembro e a previsão de conclusão dos serviços é de no mínimo 240 dias.

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A reportagem do Paraná TV mostrou o sofrimento de pessoas que esperaram até cinco horas para ser atendidas, na última segunda-feira. No período em que seis médicos deveriam estar de plantão, apenas dois faziam o atendimento. Dois estavam doentes e outros dois justificaram a ausência por motivos pessoais. Mas na terça-feira, mesmo com sete médicos no local, o tempo médio de espera era de três horas, segundo a própria unidade sanitária da unidade.

Edson Luiz Eleotério, 38 anos, passou na unidade para conseguir um remédio controlado que precisa tomar diariamente. Para obter a medicação, entretanto, precisava passar por uma consulta. Às 15h30, ele acabou indo embora sem o medicamento.

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De acordo com o diretor Matheus Chomatas, nas unidades de saúde 24 horas, as urgências e emergências são atendidas imediamente, mas os casos considerados menos grave precisam esperar.

Apesar disso, a adolescente Gislaine Regina Oliveira Ferreira, 16 anos, ficou pelo menos duas horas passando mal e vomitando enquanto esperava na fila. Ela conseguiu ser atendida minutos depois que a equipe de reportagem da Gazeta do Povo, começou a conversar com mãe dela para saber quanto tempo ela estava esperando para ser atendida.

Chomatas diz que para prevenir este tipo de problema, a prefeitura está promovendo cursos de capacitação das equipes que trabalham nas unidades para tornar o atendimento mais humanitário. Além disso, ele diz que está buscando imóveis para desalojar a unidade de saúde, para agilizar o trabalho enquanto as obras estão sendo realizadas.

Fora o posto da Fazendinha, as outras quatro unidades 24 horas também serão ampliadas. A área de cada uma delas será duplicada e a capacidade de atendimento também. A prefeitura promete ainda inaugurar mais três postos, no Pinheiro, na Cidade Industrial e no Cajuru, em 2006.

Sobre o fato dos médicos terem faltado na segunda-feira, o secretário de Saúde de Curitiba, Michele Caputo Neto, disse que vai cobrar mais rigor dos responsáveis. De acordo com ele, são os hospitais com os quais o município mantém o convênio para contratação dos profissionais que deveriam estar administrando a freqüência dos médicos.

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Ouça depoimentos dos pacientes na reportagem em vídeo