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A falta de informação da população e mais a falta de pessoal capacitado estão na origem da baixa doação de tecido ósseo e no aproveitamento do materia doado no Brasil, a avaliação é do médico Rafael Prinz, chefe do Banco de Ossos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), com sede no Rio de Janeiro.

"Isso ocorre devido a falta informação da população sobre a existência do transplante ósseo. Além desse problema, outro fator que deve ser considerado é a capacitação dos profissionais de saúde para melhor aproveitamento do material doado. O procedimento pode ser feito até 12 horas após a morte do doador" disse.

A jornalista Larissa Jansen foi submetida a um transplante ósseo com prótese de quadril em 2006, pelo Sistema Único de Saúde, SUS, em um hospital do Rio de Janeiro. Ela que teve diagnóstico de artrite reumatóide juvenil, doença que atinge crianças de zero a 16 anos, causando deformidades, relatou sua experiência no livro Diário de um Transplante Ósseo.

Larissa disse que teve que esperar um ano pelo doador para realizar o transplante, mas que vale. Apesar de algumas limitações, eu realmente me recuperei: dirijo, trabalho, não sinto mais dores na região reconstruída", afirmou. Larissa se prepara agora para fazer a cirurgia nos dois pés.

Já a dona de casa mineira Ivanilda Maria aguarda pela realização da cirurgia prevista para janeiro. Ela, que sofreu um acidente de carro há 20 anos, chegou a andar de muletas, mas devido a complicações causadas por uma osteomielite (infecção nos ossos), necessita do transplante.

Ivanilda está na fila de espera do Into desde 2004. A dona de casa atribui a baixa quantidade de doadores falta de informação A doação é pouco divulgada, muita gente não tem informação, nem mesmo sabe que existe essa possibilidade. É preciso esclarecer melhor população para mostrar que não tem risco nenhum nesse procedimento [de doação óssea], afirmou.

No Brasil existem atualmente sete bancos que disponibilizam material ósseo, incluindo os estados do Rio de Janeiro, Paraná, de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Eles estão cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes.

Os transplantes ósseos beneficiam pessoas com dores articulares nos quadris, joelhos, na coluna vertebral além de quem sofre osteoporose, perdas ósseas provocadas por tumores e lesões causadas por acidentes.

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