Rio (AE) A falta de recursos para a manutenção dos navios da frota brasileira é a principal preocupação dos militares da Marinha, na opinião do vice-almirante Armando Amorim Ferreira Vidigal. Na reserva há 20 anos, Vidigal defende que o reaparelhamento da Força é urgente como afirmou o comandante da Marinha, almirante Roberto de Carvalho.
As dificuldades chegam à falta de óleo combustível para operações da frota. Sem recursos, as instalações eletrônicas dos navios, que precisam de atualizações constantes, também ficam comprometidas. "O que mais nos atormenta é ver que os navios estão acabando. As fragatas são da década de 70. Não adianta ter uma arma e não mantê-la", afirmou o vice-almirante Vidigal.
O sucateamento das embarcações é uma questão muito mais grave, para o vice-almirante, do que o aumento de salário, esperado pelos militares hádois anos. Ele gostou de saber que o comandante da Marinha acredita que o pagamento da última etapa do reajuste prometido, de 10%, sairá. "É ótimo que ele tenha esta esperança. Como estamos num ano eleitoral, tudo é possível", disse.