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Curitiba

Falta de pistas emperra investigações de chacina do Órleans

Apesar de ter iniciado as investigações logo após o crime, a polícia ainda não tem elementos concretos que ajudem a elucidar uma chacina ocorrida por volta das 23 horas de sábado (20), no bairro Órleans, em Curitiba. Os autores do crime usavam tocas balaclavas e entraram pelos fundos da casa, onde as vítimas se confraternizavam em um churrasco. Quatro pessoas morreram e quatro foram baleadas no ataque. A principal pista são os dois carros – um Astra e um Uno – usados pelos bandidos na fuga.

"Podemos afirmar que foi uma execução. Agora, precisamos apurar a motivação da chacina. Pode ser vingança, envolvimento de alguma vítima com o tráfico. Nada está descartado", disse o delegado Roberto Fernandes, responsável pelo caso.

Apesar de os atiradores terem se apresentado como policiais, a delegada Maritza Haisi, titular da DH, não acredita que os assassinos sejam da polícia. "Com certeza, disseram para despistar as investigações", disse. A estratégia do delegado Roberto Fernandes, é identificar quem eram os "alvos" do ataque. Apenas um dos assassinados – Caio Roberto da Silva, de 23 anos – tinha passagem pela polícia. Ele foi morto com pelo menos três tiros na cabeça e dois no tórax.

"Caio Silva é o que levou mais tiros. Tudo leva a crer que os bandidos procuravam por ele", avalia o delegado. Kleber Gomes Monteiro, de 21 anos, que foi baleado, mas que está fora de perigo, também tem passagem pela polícia.

Três vítimas não tinham passagem

Segundo a polícia, as outras vítimas não tinham qualquer envolvimento com atividades ilícitas nem passagem pela polícia. "São pessoas que morreram por estarem em companhia de alguém a quem os bandidos queriam executar", disse o delegado.

Entre eles, estão o motorista Claudemir Xavier de Almeida, 36 anos, e a mulher dele, Daiana Andrade Ferreira, 27 anos, que trabalhava em uma empresa de transportes. "Eles sequer moravam no bairro. Foram à casa para o churrasco", contou Fernandes. A outra vítima é Jhoni Conceição, 24 anos, que trabalhava em um mercado.

Nenhum morador da casa foi atingido. Segundo a polícia, não há nenhum indício de que a família que vive no imóvel tenha envolvimento com a criminalidade. O dono da residência seria primo de Kleber Monteiro.

Os outros feridos foram identificados como Matheus Gomes de Lara, 15 anos, e Willian Francisco Gonçalves, 23 anos, (internados no Hospital Evangélico, mas fora de risco) e Luiz André Ferreira, que já recebeu alta.O crime

A chacina ocorreu por volta das 23 horas. Segundo a DH, seis homens que usavam balaclavas entraram na residência, onde se realizava um churrasco. Eles teriam se apresentado como policiais e ordenado que as vítimas colocassem as mãos na parede. Em seguida, os bandidos abriram fogo contra as pessoas. Os atiradores fugiram em um Astra e um Uno.

Chamou a atenção das autoridades o poder de fogo empregado pelo grupo. Os assassinos usaram um fuzil 5.5, uma pistola calibre 380 e uma nove milímetros. Os tiros de fuzil chegaram a perfurar as paredes da casa. Segundo o delegado, havia mais de dez pessoas no churrasco e o número de vítimas só não foi maior porque o dono da residência estava dentro do imóvel e conseguiu fugir com as crianças por outra entrada.

Suspeito de matar jovens na Praça da Espanha deve se apresentar

O homem apontado como autor dos disparos que mataram dois jovens e feriram outros quatro, na saída de um bar, na Praça da Espanha, em Curitiba, deve se apresentar à DH na terça-feira (23). Outros dois jovens, suspeitos de envolvimento no caso, foram identificados também vão prestar esclarecimentos à polícia. Testemunhas e sobreviventes do ataque farão o reconhecimento pessoal dos supostos envolvidos no crime ainda nesta semana.

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