A falta de de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) teria provocado a morte de 56 pessoas somente em Londrina e Ponta Grossa, segundo levantamentos feitos nas duas cidades. Em Londrina, há dois meses, um relatório do Hospital Universitário de Londrina apontou que 25 pessoas supostamente recuperáveis morreram na fila de espera. Em Irati, um paciente morreu no domingo, depois de aguardar por 22 horas a liberação de um leito. Documentos do Pronto-Socorro de Ponta Grossa apontam que 31 pessoas faleceram, nos últimos 10 meses, na fila de espera. Em Londrina, uma comissão que apura as mortes ocorridas neste ano no HU informou que o déficit de leitos chega a 25%. O levantamento é da reportagem da Gazeta do Povo.

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Pelos indicadores do Ministério da Saúde e da Associação Médica Brasileira, o Paraná está fora dos patamares ideais de disponibilização de leitos de UTI. Nesse caso, a proporção deveria ser de 10% dos leitos gerais. Ou seja: como o estado tem 23.983 leitos hospitalares credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS), precisaria ofertar 2.398 vagas de UTI. A rede pública de atendimento intensivo conta com 929 leitos.

O diretor da Secretaria Estadual de Saúde, Gilberto Martim, considera o quadro menos grave do que parece. Segundo ele, a rede está em expansão e o Paraná pode considerar que atinge a meta mínima, já que a diferença em relação aos padrões estabelecidos pelo ministério é muita pequena. Ele informou que a secretaria trabalha com o objetivo de alcançar 6% de cobertura – o que representaria 1.438 unidades.

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Para vencer problemas emergenciais, Martim diz que desde o início deste mês estão à disposição 103 leitos de convênio ou particulares, para uso pelo sistema público. Foram firmados acordos com 26 estabelecimentos de saúde em 16 cidades.

Fila

Em detrimento da reserva técnica, os dados apresentados pela própria secretaria mostram que a fila de espera por leitos de UTI continua. Um levantamento solicitado pela Gazeta do Povo indica que no dia 19 de agosto, por exemplo, existiam no Paraná 25 pacientes na lista de espera, sendo três em Cascavel, cinco em Londrina, três em Ponta Grossa, dois em Curitiba e doze em Maringá. Ontem a situação era semelhante: 28 pacientes na fila, sendo oito em Curitiba, três em Cascavel, nove em Londrina, sete em Maringá e um em Ponta Grossa. Ainda de acordo com dados da secretaria, o tempo de espera é superior a 24 horas em 10% dos casos.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo