Segundo o Sinditest, as pessoas contaminadas pela KPC deveriam estar em área isolada do HC| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Alerta

Confira as medidas de prevenção e controle de infecções que os hospitais devem utilizar:

• Todos os profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes devem higienizar as mãos frequentemente;

• Disponibilizar continuamente insumos para a correta higienização das mãos e dos ambientes;

• Disponibilizar continuamente Equipamento de Proteção Individual (luvas e aventais) para o manejo do paciente e suas secreções, além da correta paramentação para lidar com o ambiente em torno do paciente, colonizado ou infectado;

• Reforçar o cuidado com o paciente, portador de bactéria multirresistente, preferencialmente feito por um corpo profissional exclusivo;

• Reforçar a aplicação de precauções de contato específicas para profissionais de saúde, visitantes e acompanhantes, quando do isolamento de microrganismos de importância epidemiológica definida, ou, de forma empírica, para pacientes sob risco de colonização pelos mesmos, até a obtenção de resultados de testes de vigilância microbiológica;

• Enfatizar as medidas gerais de higiene do ambiente: limpeza e desinfecção de superfícies, tendo esta rotina e os insumos padronizados;

• Aplicar, durante o transporte intra-institucional e interinstitucional, as medidas de precauções de contato para os profissionais que atuam diretamente com o paciente, incluindo o reforço nas medidas de higiene do ambiente;

• Monitorar os casos de infecções nos pacientes suspeitos e mais suscetíveis;

• Implantar políticas de uso racional de antimicrobianos (antibióticos, antifúngicos e antivirais) e outras medidas que forem necessárias de acordo com a instituição.

Fonte: Lacen

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Três pacientes contaminados com a bactéria KPC estariam sem o isolamento adequado no Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba. A denúncia partiu do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest) e de um funcionário que atua na entidade e não quer ser identificado.

Segundo esse servidor do HC, que atua como enfermeiro, os pacientes estão alojados no oitavo andar, onde está situada a enfermaria de cirurgia geral. Segundo ele, esses pacientes deveriam estar em ambiente isolado para não contaminar outras pessoas. "Há o risco de outros que estão em recuperação serem acometidos com a bactéria", afirma. Se funcionasse 100%, o hospital teria 670 leitos. Hoje, apenas 411 estão sendo usados.

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Ele chama atenção para o risco a funcionários e visitantes. "Se alguém contrair a bactéria pode levar para a casa e transmitir a outras pessoas."

Em todo o Paraná, o La­­­bora­­­tório Central do Estado (Lacen) informa que das 1.324 amostras de pacientes enviadas à entidade até o início de agosto deste ano, 694 foram positivas para a KPC. Em 2013, das 1.348, 888 foram positivas para a KPC. A superbactéria, como é conhecida, provoca resistência aos antibióticos mais usados.

Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de UTI. A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum.

Outro lado

A assessoria de imprensa do HC informa que esses pacientes possuem a bactéria no organismo mas não apresentam infecção provocada pela KPC. "Estão internados no HC para tratamento de doença, porém são necessários alguns cuidados de precaução para evitar que outros pacientes também sejam colonizados", diz a nota.

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O hospital assegura que realiza os controles e ações para a prevenção e controle da disseminação de bactérias multirresistentes. "O HC possui tanto na unidade de cirurgia geral, assim como nas demais unidades, quartos para isolamento de pacientes colonizados por bactérias multirresistentes, entre elas a KPC, com banheiros de uso exclusivo."

Há uma placa na porta identificando o paciente portador de bactéria multirresistente e orientações de precauções de contato para toda a equipe de assistência.