Se nas unidades 24 horas as autoridades não reconhecem que a falta de médicos está relacionada à fila de espera, o mesmo não acontece nas unidades de saúde de base. O déficit de pelo menos 20 profissionais faz aumentar a procura pelo atendimento nos postos criados para atender emergência e urgência.
A doméstica Nilcélia de Fátima Rosa da Silva, 38 anos, perdeu um dia de trabalho para levar o filho de 12 anos ao médico. Ela chegou às 6h30 no posto do Jardim da Ordem, no Tatuquara, mas só conseguiu passar pela triagem ao meio-dia. Segundo ela, o atendimento é sempre demorado. Quem não chega entre 4h30 e 6 horas não é atendido e precisa ser encaminhado para as unidades 24 horas, de acordo com Nilcéia. De ambulância, mãe e filho foram para a unidade do Fazendinha. Foram atendidos e saíram de lá às 15h15. "Agora vamos almoçar e voltar de ônibus para casa", contava a mãe.
Gilcinéia Teixeira da Silva, 38 anos, além de estar preocupada com seu bebê de 15 dias, que apresentava sintomas de pneumonia, também lamentava o fato do marido, que trabalha de madrugada, ainda estar acordado. Eram 15 horas, quando, de ambulância, foram encaminhados para o Hospital Evangélico para tirar um raio X da criança. Depois do exame, a família ainda deveria voltar para a unidade do Fazendinha. A via-sacra do casal começou às 10 horas da manhã no posto Barigüi. Por causa das demandas de emergências, o atendimento foi transferido para o Fazendinha.
Para suprir a deficiência das unidades bases, a Secretaria de Saúde de Curitiba vai lançar até dia 20 de dezembro edital para contratação de médicos. (AA)
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