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Mudanças climáticas

Falta mobilização para Brasil ser líder

O papel do Brasil nas discussões sobre mudanças climáticas foi o tema do primeiro debate do 6.° Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que acontece em Curitiba até amanhã.

Participaram da discussão o diretor executivo do Greenpeace Brasil Marcelo Furtado, o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o biólogo norte-americano Philip Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Para o deputado Rocha Loures, falta mobilização política e social para que o governo brasileiro assuma um papel de liderança nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas e aprove uma política nacional que trate o tema. "A política só funciona sob pressão. Mas a sociedade não tem cobrado um posicionamento de seus representantes. Não há uma presença maior do tema na opinião pública, embora tenhamos conhecimento técnico para comprovar a existência e a gravidade do problema."

Para os convidados, o Brasil pode ser considerado uma potência ambiental e, por isso, já deveria ter estabelecido metas de redução das emissões de carbono. Fearnside lembra que, embora o país não seja um dos grandes responsáveis pela aceleração do aquecimento global, é o que mais será prejudicado se as previsões se concretizarem. "O Brasil pode perder a Floresta Amazônica se a temperatura da Terra continuar subindo. Apesar de não termos certeza dos resultados do aquecimento, não podemos continuar esperando, temos de trabalhar com os dados já disponíveis."

Logo após o debate, o prefeito Beto Richa aproveitou a realização do congresso na cidade e do Dia Mundial sem Carro para instalar o Fórum Curitiba sobre Mudanças Climáticas, com o objetivo de discutir ações para que a cidade diminua as emissões de gases de efeito estufa e adapte o planejamento urbano às mudanças provocadas pelo aquecimento global. O Fórum terá a participação de várias entidades, entre elas a Universidade Po­­sitivo (UP), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pontifícia Uni­ver­­sidade Católica do Paraná (PUCPR), Fundação O Boticário, Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) e Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Entre as ações que já vêm sendo realizadas pela prefeitura estão a criação de novas unidades de conservação urbanas e a identificação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural Municipal (RPPNM), cujos proprietários receberão isenção ou redução de impostos e orientação especializada para conservar os recursos naturais.

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