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Falta pesquisa sobre origem e destino de quem se desloca pela cidade

Você sabe qual é a origem e o destino dos curitibanos que se deslocam pela cidade? A pergunta, que é essencial para planejar o trânsito da capital, ainda não foi feita à população. Segundo o especialista Pedro Akishino, professor de Engenharia de Tráfego para o Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o estudo é o bê-á-bá para pensar o futuro da cidade, mas ainda não existe. "É isso que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) não fez até hoje", critica. "Ele abre as vias como melhor entende e depois espera o trânsito para descobrir qual será o resultado. A Linha Verde foi concebida assim."

Do outro lado no debate sobre o planejamento urbano de Curitiba, o presidente do Ippuc, Cléver Almeida, admite a falta da pesquisa, mas ressalta que ela custa cerca de R$ 5 milhões. "A pesquisa de origens e destinos é cara e complexa, mas mesmo assim faremos sua licitação até o ano que vem", promete.

Por outro lado, Cléver afirma que a cidade tem acertado nos seus planos e decisões sobre o trânsito. "O nosso modelo de transporte coletivo tem um nível muito bom, mesmo sem ter a pesquisa", argumenta. Sobre a Linha Verde, ele diz que um estudo de tráfego e passageiros foi apresentado para obter financiamento internacional.

Outras soluções

Segundo Pedro Akishino, há outras soluções para aumentar a infraestrutura viária de Curitiba, que hoje tem cerca de 4,7 mil quilômetros de ruas: alargar as ruas existentes – o que é praticamente impossível –, criar novas vias de ligações entre bairros e incentivar mais o transporte coletivo. "É possível ainda dobrar a capacidade das ruas, colocando uma via sobre a outra, como a Linha Vermelha, no Rio, que fica 4 metros acima de outra via", sugere.

A sobreposição de ruas não está nos planos do Ippuc. "O nosso modelo urbano não permite esse tipo de obra (via elevada)", rebate Almeida. "O impacto no meio urbano seria péssimo. É o minhocão de São Paulo. E também não vejo a necessidade agora." Ele afirmou ainda que a prefeitura não é contra a adoção de viadutos e trincheiras, mas alerta que é perigoso formar filas em cima de viadutos e na saída de trincheiras.

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