A falta de tempo é o empecilho mais comum apontado pelos curitibanos para manter uma vida saudável. O trabalho ocupa a maior parte do dia. À noite, é preciso descansar. E nos fins de semana há outras coisas para fazer e o exercício ou a corrida na praça fica sempre para depois.

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Humberto Munck é uma vítima típica da falta de tempo. Formado em Educação Física, sempre teve físico de atleta. Praticava esportes, comia de maneira correta, mantinha o peso sempre perto dos 80 quilos. Há cerca de três anos, porém, o professor mudou de emprego: virou administrador de empresas.

Sem chance de parar no meio do dia, começou a fazer menos exercícios. Em pouco tempo, engordou cerca de 20 quilos. "Comecei a me preocupar. O ácido úrico subiu, tive um encurtamento de musculatura nas costas", conta. Como bom atleta, resolveu retomar a atividade, mesmo tendo dificuldade de achar espaço livre no dia. "Agora estou jogando futebol duas vezes por semana. Também cortei algumas coisas da alimentação. E já perdi 12 quilos."

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Para o carioca Renato Faccini, designer que se mudou para o Paraná este ano, Curitiba tem sido uma oportunidade de recuperar o tempo perdido. "Ainda não conheço a cidade, então tudo o que faço prefiro fazer a pé. Assim tenho chance de andar pela cidade", comenta. A única atividade física que Renato pratica, além das caminhadas, é jogar basquete eventualmente. Mas ele conta que se mudou para a cidade justamente pela qualidade de vida. Agora, resta saber se os parques e praças servirão de incentivo.