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Após dois anos sem notícias, familiares e amigos da engenheira Patrícia Amieiro Franco, desaparecida desde 14 de junho de 2008, fizeram um protesto nesta sábado (12), no local do suposto acidente, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Vestidos com camisa com a foto de Patrícia e ainda com cartazes, bandeiras e faixas, eles pediam por uma resposta. A data da manifestação foi antecipada porque o episódio ocorreu no mesmo dia do aniversário do pai da engenheira, Antônio Celso de Franco.

A jovem desapareceu quando voltava de uma festa e seguia para sua casa na Barra da Tijuca. O carro de Patrícia foi encontrado dentro do Canal de Marapendi, mas sem vestígios de seu corpo.

"A gente sabe que não foi acidente, sabemos que foram os policiais que deram o tiro, aqui nesse local, e sumiram com o corpo da minha filha", desabafou o pai da engenheira desaparecida.

Muito nervosa e chorando, a mãe de Patrícia, Tânia Amieiro, estava incomodada com a presença de uma patrulha da PM no local.

"Os funcionários do alto escalão sabem o que aconteceu. Não aguento mais isso. No dia que acontecer isso na família deles eles vão sentir", disse ela.

Segundo Celso, Tânia até hoje não dorme direito, principalmente em datas festivas. "Dói muito. A gente não tem como explicar uma coisa dessas. É só você vivendo. A gente não tem tranquilidade", afirmou.

De acordo com Celso, três testemunhas ainda faltam serem ouvidas: dois peritos, que atuaram no dia do suposto acidente, e ainda o chefe de plantão da polícia que estava no rádio no dia. O pai de Patrícia disse que os depoimentos serão realizados no dia 13 de agosto. Celso espera que o caso vá a júri popular.

Site acompanha investigaçãoEm julho de 2009, um blog foi criado para apoiar os quatro policiais suspeitos do crime. Dois meses antes a família da engenheira havia criado um site para divulgar as etapas da investigação.

No dia 24 de junho do ano passado, peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) concluíram que policiais militares alteraram a cena do ocorrido para tentar esconder a verdade. O delegado Ricardo Barbosa, que presidiu o inquérito na Delegacia de Homicídios, afirmou, na época, que se tratava de um caso de homicídio.

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