A família do ex-promotor Igor Ferreira da Silva ainda conta com a possibilidade de anular na Justiça o processo que o condenou pelo assassinato da mulher, Patrícia Aggio Longo, ocorrido em junho de 1998. O irmão de Igor, o advogado Eger Ferreira da Silva, disse na quarta-feira (21) que pretende que seja reconhecida a "falsidade" de provas apresentadas durante o processo. Afirmou também contar com novas provas em favor do irmão, o que permitiria a revisão. "Ainda não existem instrumentos jurídicos que nos permitam seguir esse caminho. Mas vamos tentar.
O laudo oficial feito pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que apontou que Igor não era o pai da criança de sete meses que a mulher esperava quando foi assassinada, é uma das provas a serem contestadas. Dois laudos que apontam erros no exame oficial, contratados pela defesa durante a fase do julgamento, estão entre os documentos a serem apresentados pela família.
O Tribunal de Justiça considerou na época o laudo oficial "irrefutável". Para a procuradora de Justiça Valderez Deudsdit Abbud, que cuidou da acusação contra Igor, "a decisão contra ele é definitiva". Pelo assassinato de Patrícia, Igor foi condenado a 14 anos. O tribunal fixou a pena do aborto em 2 anos e 4 meses. Ele ainda tem outra condenação, de 4 anos, proferida em 2003, em um processo por porte ilegal de arma. Por ter ficado oito anos foragido, a pena relativa ao aborto prescreveu.
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