A família do fisioterapeuta Érico Roberto Bittencourt, 30, morto no acidente com um ônibus da viação Penha, na madrugada de ontem, na rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, disse na tarde de hoje (23) que vai processar a empresa por danos morais. Há suspeitas de que o motorista dormia quando o veículo caiu na ribanceira. No total, 16 pessoas morreram.

CARREGANDO :)

Joice Bittencourt, irmã da vítima, afirmou à reportagem que não recebeu nenhuma assistência da empresa de ônibus até agora. "Não recebemos ajuda. Estamos muito abalados", disse, enquanto aguardava o corpo do irmão no cemitério de Campo Grande, zona oeste do Rio.

A viação Penha, no entanto, informou que enviou equipes de psicólogos, assistentes sociais e funcionários para atender às famílias no Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Ainda de acordo com a companhia, o número 0800-646 2122 foi colocado à disposição dos familiares para demais informações.

Publicidade

O corpo de Érico Bittencourt deve ser enterrado às 16h30 no cemitério de Campo Grande. Ele foi transportado, na tarde de hoje, do IML (Instituto Médico Legal) da capital paulista para a região.De acordo com parentes, o rapaz era carioca, trabalhava há seis anos no Paraná e vinha passar o Natal com a família no Rio.

Um balanço da polícia indica que apenas seis das 54 pessoas dentro do ônibus saíram ilesas entre elas o motorista e um bebê de um ano de idade.

Segundo o delegado Renato Gonçalves Coletes, "tudo indica" que o motorista dormiu ao volante. O motorista, Oseas dos Santos Gomes, 56, afirmou em depoimento que, quando percebeu, o ônibus já estava caindo, o que reforça a hipótese da polícia. Ele será indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar) e por lesão corporal.