Familiares e amigos da assistente de pós-venda Marilze Bozza Gomes, 34 anos, que foi encontrada morta na tarde de quinta-feira (20) em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba, prestaram nesta sexta-feira (21), as últimas homenagens e se despediram da jovem. O local do velório, realizado na Capela da Luz, no bairro São Francisco, em Curitiba, foi pequeno para tantas pessoas. A moradora do bairro Pilarzinho recebeu homenagens de pessoas da famílias, amigos próximos e colegas de trabalho.
Bastante abalados pela forma como ocorreu a morte da jovem, todos os presentes no velório participaram de uma oração, com a presença de um pastor, antes da retirada do corpo da capela. Dedicada aos familiares, ela é descrita pelo irmão Eraldo Bozza Gomes, 46, como uma pessoa sempre simpática e doce. A mãe da jovem foi levada pelos familiares para acompanhar as últimas homenagens, mesmo debilitada por causa dos problemas de saúde enfrentados devido ao AVC.
Nascida em Curitiba, Marilze morava e cuidava da mãe há dois anos, conforme conta o irmão dela. “Na verdade, ela sempre cuidou da mãe, desde quando ela teve um derrame, há oito anos. Mas passou a cuidar sozinha há dois anos porque ela achou que a pessoa que estava com a nossa mãe não cuidava tão bem dela”, diz. Além de Eraldo, Marilze ainda tinha outros dois irmãos.
Marilze passou por alguns percalços. Um deles foi um problema de saúde, do qual, felizmente, ela conseguiu se recuperar. “Ela teve câncer de mama, não sei exatamente quando, mas já tinha se recuperado”. Além disso, já havia perdido uma irmã em um acidente de carro.
Segundo o irmão, a assistente de vendas não era de muitos namorados. Gomes desmente qualquer traição que a irmã pode ter feito contra o namorado, acusado de ser o autor da morte de Marilze. “Eu sempre saia com os dois e isso (de traição) eu sei que nunca teve. Ele tinha um ciúme doentio dela, mas nunca imaginávamos que acabaria nisso”.
O enterro foi realizado no cemitério São Marcos, no bairro Pilarzinho, no início da tarde desta sexta-feira.
Desaparecimento e morte
Marilze foi vista pela última vez a caminho do trabalho. O acusado do crime, namorado da vítima, havia informado à família que tinha visto a moça entrar em um carro modelo Golf, de cor branca, quando ele a deixou no ponto de ônibus para ir trabalhar na terça-feira (18). Com o desaparecimento, familiares e amigos tentaram entrar em contato com a assistente de pós-venda pelo celular, mas as ligações e as mensagens não foram atendidas.
O caso foi denunciado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ouviu o namorado em depoimento. Segundo o delegado Francisco Caricatti, “durante todo seu depoimento na delegacia, que durou mais de quatro horas, ele estava muito confuso, mas confessou ser o autor do crime, ele falou ainda que não pretendia matar a namorada. Tudo indica que a motivação do crime foi passional”. O acusado levou a polícia ao local onde deixou o corpo, na zona rural de Colombo. A morte foi provocada por tiro disparado de uma garrucha.
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