A erosão já destruiu o campo de futebol, parte do muro e a entrada principal| Foto: Osmar Nunes/Gazeta do Povo

A erosão que atinge uma área que seria um centro poliesportivo em Umuarama, no Noroeste do Paraná, aumentou com as chuvas dos últimos dias e ameaça algumas residências próximas ao local. Quatro casas são monitoradas pela Defesa Civil e, em uma delas, o morador Marcos Otávio Marques teve de ser retirado com a família devido aos riscos de desmoronamento. A empresa escolhida para conter a erosão colocou as primeiras máquinas para trabalhar no local nesta semana, mas ainda depende da liberação de recursos prometidos pelo Ministério da Integração.

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O coordenador da Defesa Civil em Umuarama, Enivaldo Ribeiro, informou que as quatro famílias de residências ameaçadas foram notificadas e se a cratera continuar avançando elas terão de deixar suas casas. Mesmo sem chuva, todos os dias uma equipe da Defesa Civil vistoria as proximidades. A erosão já destruiu o campo de futebol, parte do muro e, na semana passada, a entrada principal com portão e bilheterias.

O centro foi construído em 2002 e custou cerca de R$ 3 milhões. A obra foi a opção para conter a erosão que já ocorria no local há anos. Em pouco tempo o problema retornou. A única tubulação de aço para escoar a água das chuvas, com 2,15 metros de diâmetro, cedeu e aos poucos a erosão foi tomando conta de novo.

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Em junho de 2014, a prefeitura de Umuarama decretou situação de emergência e conseguiu apoio do governo federal para realizar uma obra. Uma empresa especializada foi contratada para fazer o projeto da recuperação, que vai custar R$ 17 milhões. O prefeito Moacir Silva recebeu informações da União de que o dinheiro está empenhado e, confiante na liberação, a construtora Contersolo, de Mandaguaçu, começou a se instalar e preparar o terreno para o início das obras, que têm prazo de 18 meses para a conclusão.

O projeto a ser executado prevê a construção de três aduelas (tubos quadrados) de 3 x 3 metros em uma extensão de 350 metros, cruzando todo o centro poliesportivo. Os dispositivos vão captar a água da chuva na Avenida Parigot de Souza e despejá-la no Córrego Pinhalzinho, que será alargado e receberá uma estrutura de cimento com 20 metros de largura por 5 de altura e extensão de 200 metros até a ponte do Jardim Petrópolis.

“Será uma obra para resolver o problema em definitivo”, disse o prefeito. Moacir Silva garante ainda que a prefeitura vai pagar o aluguel de quem tiver de deixar a área e vai indenizar os donos que tiverem imóveis danificados.

Após a conclusão do projeto de recuperação, a prefeitura vai definir com moradores o que será feito no local, onde ainda restam arquibancadas, cabines de imprensa e vestiário. Os moradores dizem que não querem mais estádio no local, já que Umuarama não possui futebol profissional e tem outro estádio em condições de uso, o Lúcio Pipino.

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