Depois de quase um mês de luta para transladar o corpo do brasileiro Isaias Expedito Pereira, de 40 anos, morto nos Estados Unidos no dia 8 de abril em decorrência de um acidente de trânsito, a família, que aguardava para o final de semana o corpo chegar, viveu mais um drama nesta sexta-feira (5).
"Recebemos a informação que agora falta à certidão do segundo casamento de Isaias", comenta irmã de Isaias, Josefa Francisca de Carvalho. Segundo ela, o documento que pode estar em outra cidade, distante de Tapejara, no Noroeste do Paraná, será providenciado no início na próxima semana. "Acreditamos que até no máximo terçafeira o corpo já estará chegando ao Brasil".
Para o pai de Isaias, o aposentado Conrado Pereira Filho, de 84 anos, a burocracia americana está impedindo de o filho descansar em paz. "Parece que não é para ele vir para cá, quando não é uma coisa é outra que falta", diz Conrado.
Segundo o pai, o Instituto Médico Legal Norte-Americano (IML) já liberou o corpo para ser embalsamado e a família já fez o depósito de US$ 9 mil, cobrados pela funerária americana The Rogers Funeral Home Incorporated para transladar o corpo ao Brasil. "Não foi uma batalha fácil, mas com a graças de Deus e com a ajuda das pessoas vamos sepultar meu filho aqui".
Sem condições financeiras de pagar os US$ 9 mil cobrados pela funerária, a família que esperava receber doações foi obrigada a vender um terreno para pagar o translado. "Por causa da pressão tanto do IML como da funerária fomos obrigados a vender o lote por um valor menor", diz a irmã de Isaias, Josefa Francisco de Carvalho. Segundo ela, a família conseguiu arrecadar R$ 240 de doação feito por uma americana.
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