Serviço
A família Fonseca compartilha relatos e fotos no blog trilíngue (português, francês e alemão) http://pedalardevagar2.wordpress.com.
Ensino a distância
Yacha e Sinai deixaram de frequentar a escola, mas continuam tendo aulas pela Internet. A viagem começou no primeiro dia de aula em Portugal, quando eles passaram na escola para conhecer os professores, e seguiram para Lisboa. "A nossa dúvida era se seria bom para as crianças não ter aulas na escola. Cada vez estamos mais convencidos de que isso é bom para eles", avalia o pai.
Segundo os pais, a experiência não apenas vai contribuir para formar a visão de mundo dos meninos, como também já está aproximando a família. Incluídos no empreendimento desde o início, eles vêm se tornando mais independentes e responsáveis ao longo da viagem, mesmo que não entendam a magnitude do projeto. "O mais difícil foi deixar os amiguinhos, mas desde que começamos a falar disso eles faziam parte das decisões", conta Valérie. O objetivo da família é concluir sua viagem pela América em janeiro de 2016, mas o cronograma, assim como a rota, "está sujeito a alterações".
Cem mil quilômetros é a distância que uma família europeia pretende pedalar ao longo de sua viagem pelas Américas. O português João Gonçalo e a suíça Valérie viajam com os filhos Yacha, de 10 anos, e Sinai, de 8. A família saiu dia 15 de setembro de Estremoz, Portugal, e pretende passar por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala e México. O percurso termina nos Estados Unidos. "A princípio, a viagem tem seu fim em Nova York, que é onde a passagem de avião é mais barata para regressar a Portugal", brinca João.
A viagem está apenas começando. A distância pedalada de Portugal até Curitiba, onde estão agora, é de 850 mil quilômetros. Quando necessário, a família usa outros meios de transporte, como ônibus e avião. No Brasil, eles já passaram por Rio de Janeiro e Santos. A escolha do meio de transporte não foi aleatória. Além de ser ecológico e barato, pedalar é a melhor maneira de conhecer um país. "É um transporte humilde, que permite exatamente o contato com as pessoas do país", diz João.
Até aqui, as maiores dificuldades foram o clima, as longas distâncias e a hospedagem. Sem patrocinadores, os Fonseca buscam gastar o mínimo. "Temos que viver com o dinheiro que já economizamos", diz Valérie. Para isso, carregam tudo o que precisam em bolsas acopladas às bicicletas, incluindo material para acampamento.
Revezam as noites na estrada entre o acampamento e a hospedagem ocasional na casa de pessoas que conhecem ao longo da viagem. Em Curitiba, foram acolhidos por Beth e Sérgio Mayer, também ciclistas. O contato entre as famílias foi feito por meio de uma rede social. "Nós já viajamos muito em todo o mundo, e o Brasil está entre os países onde fomos mais bem recebidos", avalia João.
Essa não é a primeira vez que João e Valérie percorrem um continente sobre duas rodas. Entre 1996 e 2000, eles viajaram da Europa à Ásia, passando por Rússia, Cazaquistão, China, Índia, Vietnã, Camboja, Tailândia e Malásia. Para João, a aventura é a retomada de um projeto antigo. "No fundo é o fim da nossa volta ao mundo, é o acabar daquela volta começada no ano de 1996."
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