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A família Oliveira vive há mais de 50 anos na região conhecida como Porto Mauá ou Salto Mauá – na divisa entre Ortigueira e Telêmaco Borba –, e sobrevive da pesca profissional e da exploração da travessia do Rio Tibagi.

Num casabre de chão batido e bastante precário moram o casal Gelmira e Sebastião Leite de Oliveira, além do filho Valdinei, 29 anos, também pescador profissional, e sua família. No local eles mantêm atividades de subsistência, cultivando mandioca e hortaliças, além de criar galinhas e porcos.

Sebastião conta que nasceu e se criou neste lugar, onde seu pai chegou na década de 50, e sempre viveu da pesca e do garimpo. "Bem próximo do nosso lote, meu pai viu o presidente Getúlio Vargas inaugurar a usina hidrelétrica particular da Klabin, em 1952", conta o pescador.

No terreno de 19 mil metros quadrados, que margeia o Rio Tibagi, a família depende da pesca, que agora vai se acabar com a nova hidrelétrica. Porém, a principal atividade é o serviço de travessia do Tibagi. Cada pessoa paga R$ 1,00 para passar de um lado ao outro de barco.

Proprietários rurais tentaram fechar por diversas vezes o caminho que termina nas barrancas do rio. Contudo, a justiça já decidiu que se trata de uma via histórica e impediu o fechamento.

Preço justo

"Se a gente tiver mesmo que sair daqui, eles têm de ao menos pagar um preço justo, para que possamos recomeçar a vida em outro lugar", diz o pescador Sebastião Leite de Oliveira. "Não temos mais nada neste mundo e nem outro lugar para ficar", diz o pescador. (MB)

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