Batalhão de Choque em ação quinta-feira no protesto de servidores: família dos policiais protestam em frente aos quartéis.| Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP

Familiares de policiais militares do Rio de Janeiro protestam em cerca de 10 unidades da PM em todo o estado, na manhã desta sexta-feira, 10. A manifestação ocorre no dia seguinte ao que a Polícia Militar entrou em confronto com servidores públicos que protestaram contra o atraso de salários no Centor do Rio. Apesar dos protestos das famílias, a Polícia Militar informa pelas redes sociais que o policiamento está normal em todo o Estado, ao contrário do vizinho Espírito Santo, onde o efetivo afirma que não pode ir às ruas por causa de manifestação semelhante dos familiares. Desde sábado, o Espírito Santo registrou mais de 100 homicídios.

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A manifestação no Rio acontece dois dias depois de o governador Luiz Fernando Pezão garantir reajuste salarial PM e todos os outros servidores da segurança pública. Os policiais militares e civis terão aumento de 10,22%, os delegados em 3,3% e os servidores do Departamento Penitenciário de 3,24%. O reajuste havia sido aprovado em 2014 pela Assembleia e Pezão havia prometido pagar em cinco parcelas.

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Entre os quartéis fluminenses com protesto estão o Batalhão de Choque, no centro, o 6º Batalhão, na Tijuca (zona norte), o 18º Batalhão, em Jacarepaguá (zona oeste), o Comando de Polícia Pacificadora, no complexo do Alemão (zona norte), e unidades da Baixada Fluminense, como em Belford Roxo.

Às 6h, 16 mulheres tentavam interditar a porta da sede do Batalhão de Choque trajando camisetas com as palavras “basta” e “dignidade” e portando faixa com a inscrição: “Eles não podem! Nós podemos! Familiares em apoio ao policial militar. Sangue e vitória”. Além disso, elas cobravam, em cartazes, o pagamento do 13º salário, ainda não pago pelo governo do Estado.

As mulheres se organizaram por grupo de Whatsapp e informam que pretendem protestar por tempo indeterminado. “Se o governo não paga, não vai ter mais policiamento”, afirmou uma das manifestantes. Elas não querem ser identificadas, alegando que isso poderá gerar algum tipo de represália aos maridos.