Familiares se despedem de menina que morreu ao cair de prédio em Curitiba

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Os familiares da menina, de 5 anos, que morreu ao cair do 13º andar de um prédio, no Centro de Curitiba , prestaram as últimas homenagens à criança na tarde desta quarta-feira (27). Ela foi sepultada às 15h, no Cemitério Parque Iguaçu.

O velório da criança teve início às 21 horas de terça-feira (26) e ocorreu durante toda a manhã em uma das capelas do cemitério, segundo informações do Serviço Funerário Municipal e do Cemitério Parque Iguaçu. A família da menina decidiu doar as córneas, de acordo com o Hospital de Olhos do Paraná.

O acidente ocorreu em um edifício na Rua José Loureiro, entre as ruas Monsenhor Celso e Barão do Rio Branco, às 9h54 de terça-feira (26). A menina caiu em um pátio nos fundos do edifício. A queda foi de uma altura de 30 metros, segundo a perícia.

Acidente

De acordo o capitão Julio Cesar Alves, do Corpo de Bombeiros, a criança morreu na hora. Ele afirmou que nenhum dos adultos que estavam no apartamento viu o acidente. A criança tinha ido visitar a moradora do imóvel com a mãe. "A hipótese que temos é de acidente", disse Alves. A criança tinha Síndrome de Down.

Segundo o perito criminal Silvestre Ornelas, que esteve no local, a menina caiu de frente e pouco distante da parede. A informação, de acordo com o perito, mostra claramente que não houve empurrão na queda. O perito descartou preliminarmente qualquer indício de crime. "A princípio, foi uma fatalidade. Não há responsáveis pelo acidente", diz o delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos da Delegacia de Homicídios (DH). Em um momento de distração dos adultos, a menina subiu em uma cama – perto da janela de ferro modelo pleno-ar –, teria perdido o equilíbrio e caiu. Essa foi a versão contada pela moradora do apartamento ao Corpo de Bombeiros e foi confirmada pelo advogado do condomínio, Raphael Pilatti. "A criança estava em um dos quartos do imóvel, desequilibrou-se e ocorreu o acidente. A mãe e a inquilina do imóvel preparavam um café no momento do acidente", disse Pilatti. O advogado afirmou que o condomínio está com todas as vistorias do Corpo de Bombeiros em dia e que dará todo suporte à família da criança.

A mãe da criança, 31 anos, ficou em estado de choque e foi encaminhada para o Hospital Cajuru. Ela recebeu alta no fim da tarde de terça-feira. Familiares foram até a Delegacia de Homicídios na terça-feira fazer o boletim de ocorrências.

Janela pleno-ar

Os dados colhidos pela perícia no local do acidente mostram que garota pode ter tentado abrir a janela e o embalo do movimento provocou a queda. Ao empurrar o vidro, a menina pode ter sido puxada pela janela, que tem armação de ferro e é muito pesada para uma criança de 5 anos, segundo o perito. "Ela pode ter sido puxada pela própria janela", explica Ornelas.

A janela, que tem 60 cm de largura por 1,20 de altura, é presa na parte de cima e, ao abrir, deixa um grande vão entre a parede e o vidro. Apesar das informações preliminares, a perícia ainda não tem certeza de qual das três janelas do quarto a menina caiu. Pelo local onde o corpo estava, os peritos acreditam que a menina teria caído da janela do meio. O laudo da perícia ficará pronto entre 15 e 30 dias.