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Dezessete familiares de vítimas do acidente com o vôo 1907 da Gol se reuniram no sábado, 9, com o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro-do-ar Jorge Kersul Filho, e o presidente da Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico, Coronel Rufino Antonio da Silva Ferreira. O objetivo do encontro, realizado no Cenipa, em Brasília, era atualizar os dados da investigação técnica, segundo a assessoria de comunicação da Força Aérea Brasileira (FAB).

Na reunião, de acordo com a FAB, os familiares assistiram a trechos da reconstituição do acidente. Técnicos do Cenipa criaram a simulação em computador a partir do registro de dados de voz e da caixa-preta do Boeing da Gol e do Legacy. Em 29 setembro de 2006, o Boeing caiu no Mato Grosso após se chocar com o jato no ar. Morreram 154 pessoas.

Foi afirmado aos familiares que não foram encontrados erros de projeto ou de integração nos equipamentos de comunicação, transponder e anticolisão do Legacy. Eles também souberam que a Comissão de Investigação analisa por que algumas normas e procedimentos "não foram corretamente executados na ocorrência". Quanto ao controle de tráfego aéreo, "não se encontrou no acidente indicação de influência de cobertura radar, por ineficiência ou deficiência de equipamentos de comunicação e vigilância".

O relatório final com os fatores que contribuíram para o acidente foi enviado no fim do mês passado para órgãos nos Estados Unidos e no Canadá. A legislação internacional prevê o prazo 60 dias para eles apresentarem suas considerações sobre o documento. Até o momento, a investigação gerou 60 recomendações de segurança de vôo, que devem ser divulgadas no final dos trabalhos.

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