Obrigadas a deixar suas casas, muitas famílias de União da Vitória temem agora ser alvo de saqueadores, que teriam por hábito atacar à noite as residências que ficam vazias nos períodos de enchente. Esse é o temor da empregada doméstica Rose Oliveira, que saiu de sua casa ontem. "Estou saindo porque estou com medo. Não dá para esperar ajuda de ninguém, eles não dão a mínima", diz, acrescentando que ninguém da prefeitura ou da Defesa Civil auxiliou na retirada, mesmo com o Rio Iguaçu atingindo a garagem da casa dela.
Na rua onde Rose mora, hoje só é possível transitar com um barco. Foi com o auxílio de um, emprestado por vizinhos, que ela retirou móveis, eletrodomésticos e pertences pessoais. A empresa onde trabalha também auxiliou na mudança, emprestando um automóvel e um motorista. Ela e o marido levaram tudo para a casa de um parente onde ficarão junto com os dois filhos, um deles com quatro meses de vida até o nível do rio abaixar. A doméstica mora em uma área de risco. Nos dois anos que mora no local, já passou por seis enchentes, mas nenhuma tão grande quanto essa.
De acordo com o chefe de operações da Defesa Civil da cidade, Rubens Konell Filho, as famílias não têm de se preocupar com possíveis saques. "O patrulhamento será feito nas áreas alagadas durante a noite, não há o que temer", afirma. Além disso, segundo Konell, as famílias que estão sendo retiradas levam junto tudo o que têm nas casas. Até a noite de ontem, a polícia não havia recebido queixas de saques nas residências atingidas pela enchente. (EB)
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