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Foz do Iguaçu – Considerada cidade símbolo das águas por abrigar a maior hidrelétrica do mundo, a Itaipu Binacional, e ter um atrativo turístico peculiar, as Cataratas do Iguaçu, Foz do Iguaçu tem um grande desafio a enfrentar: desocupar as margens de rios, onde vivem irregularmente 2,5 mil famílias.

Cinco dos sete rios que cortam ou margeiam o município estão sujos pelo esgoto ou comprometidos pelo acúmulo de lixo. São os rios Boicy, Ouro Verde, Arroio Vitória, Almada e até um trecho do Rio Paraná. As áreas mais críticas ficam no entorno do Rio Boicy, que praticamente cruza a cidade inteira. Somente à beira desse rio moram hoje mil famílias.

O diretor-superintendente do Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu (Fozhabita), Edson Stumf, diz que 400 das 700 casas construídas pelo município desde 2005 foram destinadas a moradores ribeirinhos. A prefeitura tem intenção de transferir outras famílias, mas existe dificuldade porque algumas pessoas de favelas centrais não querem deixar o local para viver em bairros. A cidade tem cerca de 70 favelas, desse total 25 estão situadas às margens de rios.

Salésio Bruno, 26 anos, do Jardim Primavera, vive há 15 anos em uma casa à beira do Rio Boicy. Ele já recebeu proposta do município para se transferir para bairros mais distantes, mas disse que prefere ficar onde está porque vive próximo do Centro da cidade e do local de trabalho. "Nos outros bairros ficamos muito longe do serviço", diz. Mas alguns moradores querem deixar o local. Eles reclamam dos alagamentos provocados pelo aumento do nível do rio em épocas de chuva e da demora da prefeitura em fazer a transferência para outros locais.

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