As farmácias e drogarias brasileiras serão obrigadas a reter a receita médica durante a venda de antibióticos. A medida foi anunciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo informações da Agência Brasil. Os estabelecimentos terão 30 dias para se adequar à norma a partir da publicação da medida no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer na próxima semana. O principal objetivo da proposta é restringir a venda indiscriminada desse tipo de medicamento.
Com a nova regulamentação, uma das vias da receita ficará com a farmácia e a outra com o consumidor. Essa norma já é usada no comércio de remédios de tarja preta. As bulas e embalagens também devem ser alteradas para incluir a frase: "Venda sob prescrição médica só pode ser vendido com a retenção da receita". Além disso, as vendas deverão ser informadas ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.
A toxicologista da Universidade de Brasília (UnB) Andrea Amoras acredita que a proposta é importante para conter a resistência de micro-organismos fortalecidos pelo uso sem controle desse tipo de medicamento, como a KPC, que está causando um surto nos hospitais do Distrito Federal (DF). "A regulamentação é importantíssima para a sociedade. O uso indiscriminado e errôneo de antibióticos faz com que surjam micro-organismos fortes. Essa regulamentação previne o aparecimento desses organismos", disse.
"Esse tipo de medicamento deve ser controlado e usado após consulta médica e só quando for necessário. Nós, do comércio farmacêutico, apoiamos", afirmou o presidente do Sindicato do Comércio Varejista Farmacêutico do DF, Diocesmar Felipe de Faria.
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