São Paulo O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um alerta sobre a situação de crianças que enfrentam transtornos para estudar por viverem em áreas de confronto e comparou os estudantes do complexo do Alemão, na zona norte do Rio, com os da faixa de Gaza e do Iraque. Para o organismo internacional, a violência urbana do Brasil "impede que meninas e meninos freqüentem as escolas".
Em nota oficial publicada em seu site, o Unicef condena os ataques contínuos a estudantes e a estabelecimentos de ensino em diferentes partes do mundo. "Ataques às crianças são inaceitáveis. As escolas devem ser ambientes seguros para que meninas e meninos possam aprender e se desenvolver", disse em nota Ann Veneman, diretora-executiva do Unicef.
Ontem as cinco escolas municipais e duas creches do complexo do Alemão que estavam fechadas reabriram. Os estabelecimentos estavam fechados desde quarta-feira, quando as polícias Militar e Civil, além da Força Nacional de Segurança (FNS) num total de 1.350 homens realizaram uma megaoperação no conjunto de favelas para o combate ao tráfico. Os confrontos entre traficantes e policiais deixaram 19 mortos entre eles três adolescentes de 13, 14 e 16 anos. No entanto, mesmo com a reabertura das escolas ontem, não houve aulas. Os alunos não compareceram, segundo a Secretaria de Municipal de Educação.
O comunicado do Unicef alerta que as cerca de 4.800 crianças do conjunto de favelas ficaram sem aulas por causa dos conflitos entre policiais e traficantes, que atingem a área desde o dia 2 de maio.
Segundo a nota, a situação das crianças que foram às aulas durante esse período foi ainda pior. "As crianças ficaram sem aulas ou foram transferidas para uma única escola, onde milhares de estudantes dividem as salas de aula em quatro turnos diários de apenas 2h15", disse o comunicado.
A nota relata que no último mês, duas meninas foram assassinadas e três estudantes e um professor ficaram feridos nas redondezas de uma escola para meninas no Afeganistão.
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