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Cerca de 150 policiais militares do Batalhão de Choque (BPCHq) e do 15º Batalhão da Polícia Militar ocuparam, nesta sexta-feira (2) a Favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias. Controlada por traficantes, a Mangueirinha é considerada uma das comunidades mais perigosas da Baixada Fluminense. A Mangueirinha ficará, a partir de agora, ocupada de forma permanente pela polícia uma vez que, na próxima segunda-feira, 5, será inaugurada no local uma Companhia Destacada da PM. A unidade terá 180 policiais para atuar na favela.

A Mangueirinha será a segunda favela da Baixada Fluminense a ganhar uma Companhia Destacada. A primeira foi a Favela da Chatuba, em Mesquita, onde a unidade foi inaugurada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em 28 de setembro de 2012. Três semanas após uma chacina promovida por traficantes que resultou na morte de nove pessoas.

Na ocasião, Beltrame explicou que o conceito de uma Companhia Destacada é o mesmo de um Batalhão da PM, e é diferente de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). "O que ocorre é que os batalhões não têm efetivo para fazer o policiamento rotineiro e menos ainda para fazer o patrulhamento diferencial numa determinada região. Mas a companhia não é uma UPP, que demanda muito mais efetivo. Tem áreas em que uma companhia não resolve, como o Morro do Chapadão (zona norte da capital), devido à dimensão que (a violência) atingiu lá historicamente".

Chatuba

Na tarde de 8 de setembro de 2012, um sábado, traficantes da Favela da Chatuba, em Mesquita, teriam sequestrado e assassinado os jovens Glauber Siqueira Eugênio, Victor Hugo da Costa e Douglas Ribeiro da Silva, de 17 anos; Josias Searles e Patrick Machado de Carvalho, de 16; e Christian de França Vieira, de 19, na localidade conhecida como Bicão, no interior do Parque Natural de Gericinó, que faz divisa com a Favela da Chatuba. As vítimas moravam na cidade de Nilópolis, vizinha à Mesquita.

Os criminosos seriam traficantes ligados à facção Comando Vermelho, que controla os pontos de venda de drogas da Chatuba. As seis vítimas teriam sido confundidas com traficantes de uma facção rival. Os corpos dos seis rapazes foram encontrados apenas na manhã de 10 de setembro, segunda-feira, às margens da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura do bairro São José, em Nova Iguaçu, também na Baixada.

Durante as investigações, a Polícia Civil afirmou que os criminosos da Chatuba também seriam responsáveis pelas mortes de mais três pessoas naquele fim de semana: o pastor Alexandre Lima o cadete da PM Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, e de José Aldecir da Silva Júnior, de 19.

A Justiça decretou a prisão preventiva de 14 acusados por participação na chacina. Todos foram denunciados pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, mediante tortura ou outro meio insidioso ou cruel, e com recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

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