Veja onde há maior índice de favelas e vilas com infraestrutura ruim no Paraná| Foto:

Paraná tem 192 áreas classificadas como "subnormais"

O Paraná tem 192 áreas de habitação precária, os aglomerados subnormais, segundo classificação do IBGE. A maior parte está em Curitiba – a cidade tem 126 áreas do tipo e também a maior do estado, o conjunto São Domingos Agrícola, no Cajuru, onde existem 2.852 domicílios e 9.797 moradores.

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Moradores têm pouco acesso a serviços básicos

A pesquisa do IBGE mostra que as residências localizadas em favelas ainda carecem de vários serviços básicos. Um em cada quatro domicílios (27,5%) tem energia obtida de forma inadequada – na maioria das vezes de "gatos" que furtam energia da rede elétrica – e um em cada três (32,7%) tinha esgotamento sanitário fora dos padrões de qualidade apontados pelo IBGE. Nas áreas urbanas regulares dos municípios que têm favelas, os índices caem a menos da metade: 11,5% não têm energia obtida de forma regular e 15% não têm esgoto adequado.

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O Brasil tinha 11,4 milhões de pessoas morando em favelas, palafitas ou outros assentamentos irregulares em 2010. O número corresponde a 6% da população do país e consta do estudo Aglomerados Sub­­normais, realizado com dados do último censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Paraná, o porcentual de pessoas vivendo nesse tipo de moradia é menor, de 2% – ou 217 mil pessoas.

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Ao todo, foram identificados 6.329 aglomerados subnormais em 323 municípios do país. Trata-se de um fenômeno majoritariamente metropolitano – 88,2% dos domicílios em favelas estavam concentrados em regiões com mais de 1 milhão de habitantes. As regiões metropolitanas de São Paulo, Rio e Belém somadas concentravam quase a metade (43,7%) do total de domicílios em assentamentos irregulares.

No total, o IBGE identificou 6.329 favelas e similares no país, que somavam 3,2 milhões de domicílios. Entraram no levantamento apenas as áreas que concentravam ao menos 51 domicílios nessas condições.

De acordo com Elisa Caillaux, pesquisadora do IBGE, a concentração de favelas e similares nas regiões metropolitanas está ligada à atratividade que essas regiões exercem devido à maior oferta de trabalho. "Em geral, as condições das pessoas em aglomerados subnormais são mais deficientes que as outras, o que não significa que as outras áreas urbanas não tenham condições deficientes de moradias e de indicadores sociais", diz Elisa.

No Paraná, esses assentamentos foram identificados em 13 municípios. A maior proporção de pessoas vivendo em favelas está em Paranaguá, onde 10,7% dos seus 140 mil moradores – ou 15 mil pessoas – habitam em áreas precárias. Em Curitiba, a relação é um pouco menor, de 9,3% do 1,7 milhão de habitantes. São no total 162 mil pessoas morando em locais com pouca infraestrutura.

População

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O Censo 2010 mostra que 55,5% da população que vive em áreas de ocupação irregular com serviços ou urbanização precários é parda. Já os brancos representam 30,6% dos moradores de favelas e similares, enquanto os pretos somam 12,9%. As favelas também concentram mais moradores jovens. A idade média nesses aglomerados é de 27,9 anos, menor do que a média nacional, de 31,3 anos.

A taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais nessas comunidades é de 8,4% – exatamente o dobro dos 4,2% das áreas regulares em seu entorno. O analfabetismo nas favelas, no entanto, é menor do que a média nacional, de 9,6%. Isso porque o problema é mais presente nas zonas rurais.