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Marilândia do Sul e Brasília - A Polícia Militar cumpriu ontem a segunda reintegração de posse, neste ano, da Fa­­zenda Antárctica, no município de Marilândia do Sul. A operação começou às 7 ho­­ras e foi concluída por volta das 18 horas. A área de 185 alqueires, de propriedade do apucaranense Hermes Lúcio dos Santos, foi ocupada em julho de 2007 por integrantes do Movi­mento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

Em fevereiro deste ano, a PM cumpriu o primeiro mandado de reintegração de posse concedido pela Justiça. Dez dias de­­pois, os sem-terra ocuparam novamente a propriedade. A força-tarefa da PM, integrada por 150 homens, ocupando ônibus e cerca de 40 viaturas, surpreendeu os sem-terra, que não esboçaram reação.

O proprietário da fazenda afirma que arcou com os custos da ope­­ração, providenciando a locação de caminhões e ônibus para o transporte dos sem-terra e de seus pertences. "Desta vez, meus clientes investiram cerca de R$ 30 mil em combustível, locação de caminhões-baú e outros veículos utilitários para remoção dos objetos dos invasores", informa o advogado André Vianna. Ele sustenta que na reintegração anterior, o dono da fazenda teve despesas superiores a R$ 40 mil. "Opor­­tunamente iremos propor ação de ressarcimento contra o Estado", diz o advogado.

Segundo o tenente Vilson Lau­­rentino da Silva, do 10.º Batalhão da Polícia Militar, de Apucarana, foram retiradas da Fazenda Antárctica um total de 45 famílias. "Elas ficarão alojadas, provisoriamente, em acampamento armado próximo da antiga estação ferroviária de Marilândia do Sul e devem receber ajuda do setor de assistência social do município", informou o oficial.

Crítica

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e o secretário de Agricultura do estado de São Paulo, João Sampaio, repudiaram ontem a derrubada de milhares de pés de laranja da fazenda da Cutrale (indústria do setor de sucos), no interior de São Paulo, por integrantes do MST segunda-feira. Segundo integrantes do MST, houve necessidade de derrubada das árvores para que houvesse espaço para o plantio de feijão. "É lamentável que isso ocorra", afirmou Stephanes. Ontem, a Justiça concedeu a reintegração de posse da fazenda.

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