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Cascavel – Os proprietários das fazendas 3 Elos e Campo Novo, em Quedas do Iguaçu, no Centro-Oeste do Paraná, iniciaram ontem a retirada de máquinas, implementos agrícolas e cerca de 1,3 mil cabeças de bois das duas áreas ocupadas desde anteontem por cerca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). A maior dificuldade enfrentada pelos fazendeiros é encontrar lugar para colocar os animais.

A retirada do maquinário, incluindo tratores e plantadeiras, foi autorizada pelos sem-terra depois de uma negociação envolvendo as polícias Militar e Civil, além dos proprietários das fazendas, os irmãos Marcelo e Darceu Andrade. O comandante da 2.ª Companhia da Polícia Militar de Quedas do Iguaçu, tenente Davi Parise Amaral, disse que o trabalho transcorre lentamente, pois só é permitido nos horários estabelecidos pelos sem-terra. "A situação é tranqüila e esperamos que permaneça assim até o fim dos serviços", ressaltou o tenente.

Os proprietários esperam transportar todo o rebanho em três dias, caso consigam encontrar pastagens disponíveis para o gado. Por enquanto, os animais são enviados para o Parque de Exposições da cidade. Na ocupação do ano passado, as cabeças de gado foram distribuídas entre 14 propriedades no município. "Vamos precisar da colaboração dos amigos para levar os animais. Eu ainda não sei quanto isso vai me custar. É mais um prejuízo que a família está tendo desnecessariamente", reclamou Darceu.

As duas fazendas, que somam 1.675 hectares, já sofreram invasões do MST em abril de 2004 e agosto de 2005. Desta vez, os sem-terra que entraram nas propriedades foram os excedentes do assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu.

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