A Polícia Federal brasileira manteve reuniões freqüentes com agentes do FBI (polícia federal americana) e do DEA (agência antinarcóticos dos EUA), em Foz do Iguaçu (637 quilômetros a oeste de Curitiba), na região da Tríplice Fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina. O terrorismo internacional foi assunto recorrente nesses encontros. O último deles, de um total de cinco realizados neste ano, foi há 15 dias.

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O superintendente da PF no Paraná, Jaber Makul Hanna Saadi, confirmou que a PF recebe agentes do FBI "e das outras dezenas de departamentos de investigação e segurança que os EUA mantêm". Sem precisar a data por falta de agenda à mão, disse que ele mesmo recepcionou uma delegação "há quatro ou cinco meses".

Saadi negou a existência de uma investigação permanente do FBI, mas confirmou, ainda que de forma indireta, que a polícia americana não abandonou as suspeitas da existência de uma célula de financiamento a facções terroristas do Oriente Médio na região.

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"A grande preocupação deles [agentes do FBI] é saber se existem ações terroristas [na Tríplice Fronteira]. Constataram que não existe absolutamente nada. Eles estão preocupadíssimos com isso. Todo mundo sabe. Mas não existe nada, nenhum vestígio sobre terrorismo. Se houvesse, o primeiro a combater seria o Brasil’’, afirmou.

Saadi disse que os encontros "não são nenhuma novidade". "Agentes do FBI e do DEA nos visitam com freqüência, porque temos convênio com eles para combater o tráfico de drogas e crimes de toda modalidade."

Ele afirmou ter recebido "de oito a nove pessoas que representavam esses organismos de investigação dos EUA", mas não respondeu se no grupo também havia homens da CIA, a agência americana de inteligência.

Quando diz que encontros com agentes do FBI são "naturais", o superintendente da PF afirma que o interesse dos policiais norte-americanos em conversar com os brasileiros é recíproco. Ele disse que a reunião de que participou durou uma tarde e nenhum agente do FBI permaneceu no Brasil nem começou uma investigação especial. "Eles não fazem nada [no Brasil] sem ser acompanhados da Polícia Federal."

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