Apesar de conduzir as investigações com extremo silêncio e evitar dar informações sobre o andamento do caso, a reportagem da Gazeta do Povo Online, enquanto esteve nos Estados Unidos, teve acesso à forma em que é feita a entrevista no FBI sobre o caso do desaparecimento de Carla Vicentini.
Segundo uma fonte, que pediu para não ser identificada, um agente entra em contato por telefone um dia antes. "Eles (FBI) só me falaram: esteja aqui às 8h30", conta ainda assustado.
No dia e hora marcada, num imponente prédio com segurança reforçada, em Newark, as pessoas são levadas para uma sala. Lá são entrevistadas individualmente por apenas um agente do FBI. "Eles me perguntaram tudo, que horas eu cheguei e saí do bar, se eu tinha envolvimento com a Carla, se eu conhecia ela, se eu conhecia algum amigo dela, se ouvi alguma coisa sobre ela, se eu já tinha visto algum homem batendo numa mulher dentro do Adega`s, enfim, eles (FBI) buscam toda e qualquer tipo de informação que possa ajudar no caso", detalha.
"Na saída perguntei se eu seria ouvido de novo, e o agente, de forma irônica, me perguntou: Eu tenho motivo para ouvi-lo de novo?". A entrevista, em especial desta fonte, durou cerca de 30 minutos. O "convite" para conversar com o FBI foi feito em virtude da fonte ter freqüentado o bar naquela noite e ter pago a conta com cartão de crédito.
Durante a entrevista, disse a fonte, "o policial contou que cerca de mil pessoas estão envolvidas e que todos que usaram cartão de crédito no bar, na noite do desaparecimento, estão sendo ouvidas", informou. Esse número enorme de entrevistas parece inacreditável para uma pessoa que ficou apenas 19 dias na América 14 na cidade de Dover durante o intercâmbio, e cinco em Newark.
Mas se formos levar em conta que cerca de 150 pessoas passam pelo Adega`s Bar, mais de 700 pessoas entram e saem do Adega Grill por noite e o Adega Lounge chega a receber de 250 a 300 pessoas numa única madrugada, os números são explicados. Se não bastasse isso, para complicar, Carla teria freqüentado algumas festas em outro estado, o que ampliam e tornam as investigações mais difíceis.Mistério sobre sumiço de Carla Vicentini desafia o FBI
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