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A polícia americana garantiu à família de Carla Vicentini que pretende esclarecer esta semana o desaparecimento da universitária paranaense, natural de Goioerê, Noroeste do estado, no último dia 9. A informação foi passada neste domingo por investigadores que estão cuidando do caso em Newark, no estado de Nova Jersey, onde a jovem morava desde janeiro. Segundo uma das irmãs de Carla, Fernanda Vicentini, os agentes prometeram, em uma conversa por telefone, um empenho maior para resolver o caso. "Eles garantiram que desta semana não passa", diz Fernanda Vicentini. Os americanos pediram aos familiares sigilo para não atrapalhar as investigações. "A próxima notícia que eles irão passar será de que encontraram minha irmã", diz.

A universitária Carla Vicentini foi vista pela última vez no início de fevereiro, conversando com um americano, no clube Adega Lounge, na Avenida Ferry Street, em Newark. Antes de desaparecer, a paranaense teria aceitado uma carona para ir até o apartamento onde morava, a cerca de quatro quadras do local onde estava. "Eu pedi a ela que não pegasse carona com o americano, pois sequer o conhecia, mas Carla não me ouviu", diz a amiga Eduarda Ribeiro, de 20 anos, que morava com Carla e trabalhava no clube.

Familiares e parentes de Carla Vicentini passaram o final de semana fazendo novenas e participando de missas em Goioerê. "As novenas já estavam sendo feitas, mas com a chegada de parentes de outras cidades, muitos participaram das orações pedindo a volta de Carla", conta Fernanda. Segundo ela, a família já está perdendo as forças por causa de tanto sofrimento, motivado principalmente por informações desencontradas. "Recebemos diversas ligações dizendo que encontraram minha irmã, mas não passavam de alarme falso. Essa situação está nos desgastando muito."

Para a mãe de Carla, que passa à base de calmantes, o desaparecimento da filha acabou com a família. "Não estamos mais agüentando essa situação. Não tenho forças sequer para levantar da cama", conta Tânia Maria Pereira Vicentini, para quem, além do trauma da ausência de Carla, há o estresse das notícias que não são confirmadas pelos policiais americanos. "Nós desabamos."

Para Tânia, a única coisa que vai trazer vida novamente aos seus é ter a filha de volta em casa. "Quando voltar, não sei o que vou fazer. Uma coisa é certa, quero abraçar muito minha filha. Nos Estados Unidos ela nunca mais coloca os pés", emociona-se Tânia.

Segundo uma amiga dos Vicentini que mora em Newark, Sandra Nobre, dois detetives do FBI, dois policiais do estado e seis da cidade de Newark, estão trabalhando nas investigações do caso.

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