Saltou para 272 o número de municípios gaúchos abrangidos pela área de foco da febre amarela. Na quinta-feira (9), a Secretaria Estadual da Saúde anunciou a inclusão de 71 cidades à lista de risco. A atitude foi tomada depois da descoberta de que bugios contaminados pelo vírus morreram em Guabiju, Muitos Capões e Rio Pardo.
A populosa região da Serra, que recebe muitos turistas no feriado de Páscoa, está no mesmo ecossistema onde os animais infectados foram encontrados. Até o momento, o Rio Grande do Sul contabiliza seis óbitos por febre amarela e outros dois por efeitos colaterais da vacina. Desde novembro do ano passado, cerca de 2,3 milhões de pessoas foram imunizadas.
A vacinação deve ser aplicada em todos os moradores das regiões de risco, priorizando áreas rurais, onde se concentra o mosquito, e, posteriormente, as urbanas. Bebês acima de nove meses necessitam do antídoto, assim como jovens, adultos e idosos sem contraindicações médicas, como alergia, gestação ou diminuição da imunidade.
A presença de turistas para a região na Páscoa preocupa. É indispensável que viajantes tomem a vacina com dez dias de antecedência. "Quem não se imunizou, não deve se aproximar da mata", alerta Cláudio Franzen, presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers). "Estamos bastante preocupados, pois a epidemia parece sem controle. Entendemos que a população urbana e rural deve ser vacinada em massa."