Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Cidades

Fechamento de ruas em Curitiba é polêmica na certa

Polloshop do Alto da XV fechou em janeiro as ruas ao seu redor para instalar um estacionamento privado. A manobra é legal já que a rua existente pertence ao terreno. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Polloshop do Alto da XV fechou em janeiro as ruas ao seu redor para instalar um estacionamento privado. A manobra é legal já que a rua existente pertence ao terreno. (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

As obras do estacionamento do Polloshop, que fecham um trecho da Rua Flávio Dallegrave, no Alto da XV, devem ficar prontas hoje. Desde que foram iniciadas, em janeiro, a instalação de cancelas e grades para cercar a área de estacionamento do shopping criaram polêmica, principalmente entre moradores da região, que entendiam a ação como uma apropriação de um bem público. Esse não é o único caso polêmico envolvendo um shopping e o fechamento ou a abertura de ruas em Curitiba.

No caso do Polloshop, o registro de imóvel do shopping comprova a ‘posse’ do terreno. O diretor do estabelecimento, Ivo Petris, lembra que antes da instalação do complexo de lojas, a rua era apenas um pátio de manobras. Foi em virtude do sucesso do empreendimento que, em 1996, a própria prefeitura sugeriu a anexação da área da Rede Ferroviária, para servir como estacionamento, e a abertura da saída para a Rua Professor Brandão, que foi realizada no ano seguinte.

Como o terreno era da rede, o proprietário não poderia comprar e firmou-se um termo de cessão oneroso, em que o shopping pagava um aluguel para a Rede – inclusive, foi o estabelecimento que pagou o asfalto e as sinalizações feitas nas ruas no entorno. Em 2002, o terreno ferroviário foi a leilão, quando foi comprado pelo proprietário do espaço em que funciona o shopping. “A área sempre pertenceu ao shopping e como éramos um shopping de desconto, o estacionamento gratuito era o nosso diferencial para chamar o público”, explica Petris.

O pedido de fechamento do terreno, que é privado, ocorreu antes do vencimento de um prazo de 20 anos determinado em legislação municipal, que aí sim tornaria esse espaço público. Outra razão para isso foi a criação da faixa exclusiva para ônibus na Rua XV de Novembro, que eliminou as vagas de estacionamento da rua e transferiu o Estacionamento Regulamentado (Estar) para a primeira quadra de todas as ruas transversais. Quem parava o carro ali, acabou migrando para o estacionamento do shopping. “Nosso movimento caiu 30%. Precisamos garantir a sobrevivência do lojista e o movimento de clientes, que já reclamavam de não ter onde estacionar”, diz Petris, ressaltando que o estabelecimento possui 220 lojas e gera cerca de 2 mil empregos.

As obras devem ser finalizadas hoje, mas o estacionamento só poderá funcionar após a liberação e vistoria da prefeitura, o que não tem data para ocorrer. Serão 150 vagas, o que ainda é insuficiente para o shopping, que busca alternativas para oferecer mais espaço aos clientes.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.