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Flip 2011

Feira literária nutre criatividade didática

Bate-papo com autores na tenda da Flipinha, a versão infantil do evento: ideias para aplicar em sala de aula | Mauricio Veneza/Flip
Bate-papo com autores na tenda da Flipinha, a versão infantil do evento: ideias para aplicar em sala de aula (Foto: Mauricio Veneza/Flip)

O clima de festa nas ruas de Paraty (RJ) durante a Festa Literária Internacional (Flip), que vai até domingo, reflete a comemoração do mercado editorial brasileiro, que colhe os frutos da alta da renda média no país. De acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, foram comercializados no Brasil 8,11% mais exemplares entre 2008 e 2009, último ano da pesquisa feita pela entidade com cerca de cem empresas, sem considerar as vendas didáticas para o governo.As nove edições da Flip, além de ajudarem a ampliar esse mercado, têm rendido inovações nas aulas de língua portuguesa. A professora da disciplina nos ensinos fundamental e médio de Piracicaba (SP) Cibele Aguiar, que veio a todas as edições da feira, leva os projetos mais criativos que encontra por aqui para seus alunos. "No ano passado, vi um pessoal usar tubos para recitar poesia ‘ao pé do ouvido’ das pessoas. Aproveitei a ideia para trabalhar a leitura em voz alta", conta. Outro contato singelo que os alunos acabam tendo com a Flip são os marcadores de livro que ela ganha e leva como presente e que, segundo ela, também estimulam a leitura.

"Levo anotações sobre os homenageados e livros", conta a professora paulistana do ensino médio Laura Leonardo da Silva, que trouxe a filha de 13 anos e se encantou com as máquinas de venda automática de minilivros. Ela pondera que a alta do mercado editorial é muito composta de best sellers ruins, mas que eles são melhores do que nada. "Vejo uma perspectiva de melhora, porque esse leitor pode ser instigado a passar para os clássicos."

Esses estão por todo canto nos cinco dias de evento em Paraty, até em árvores – o projeto Pé de Livros, que pendura todos os dias livros ilustrados em galhos das praças, alcança os visitantes e, principalmente, moradores mirins. "Antes não lia, mas agora me apaixonei pelos livros infantis", conta Tharcylla Batista, de 17 anos, que mora em Paraty e há dois anos trabalha como orientadora da Flipinha, a versão infantil da Flip.

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