No próximo domingo (20), das 9 às 14 horas, um evento no Largo da Ordem, em Curitiba, vai marcar a Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea, que acontece de 14 a 21 de dezembro. Quem visitar a feirinha de artesanato que acontece no local poderá preencher um cadastro de doador para que as informações sejam cruzadas com os pacientes que necessitam encontrar uma pessoa compatível para a doação de medula óssea. Para o credenciamento será recolhida uma pequena amostra de sangue de qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos e boa saúde. O processo será realizado em frente à Igreja do Rosário.

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A iniciativa, coordenada pelo LIGH, Laboratório de Imuogenética e Histocompatibilidade da UFPR, encerra, em Curitiba, a Semana Nacional de Mobilização para Doação de Medula Óssea. Para a coordenadora do LIGH, professora Maria da Graça Bicalho, a expectativa é que pelo menos 300 pessoas façam o cadastro. Ela também ressaltou que é importante que o doador esteja ciente do processo ao qual será submetido, caso seja encontrado um paciente compatível. "Além da retirada da amostra de sangue, os potenciais doadores vão assinar um termo de consentimento para que a gente tenha certeza de que eles estão dispostos a ajudar".

De acordo com informações do INCA (Instituto Nacional de Câncer) o número de doadores cadastrados aumentou desde que as campanhas para doação voluntária começaram a ser realizadas no país. Em 2004, o Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula) tinha 60 mil registrados e, hoje, esse número ultrapassa a marca de 1 milhão e 300 mil pessoas. Esses números fazem do Redome o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha. Mesmo assim, a professora Maria da Graça Bicalho disse que é muito difícil encontrar pessoas compatíveis. "No Brasil, existem cerca de mil e cem pessoas esperando encontrar alguém compatível", lembrou.

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Os dados dos potenciais doadores e dos pacientes são armazenados no Redome e as informações são cruzadas diariamente na busca por compatibilidade. Se forem encontradas pessoas compatíveis, é feito um contato com o doador que deve realizar um novo exame de sangue. Caso seja confirmada a compatibilidade, o doador parte para a finalização do processo que deve ser feito em ambiente hospitalar. Ele é internado para a retirada das células progenitoras que vão dar origem às células que o paciente necessita.