A fenda que apareceu em um morro, em Pomerode (SC), e está com 10,12 metros de profundidade, começou a estabilizar. Segundo a Defesa Civil de Pomerode (Comdec), o crescimento que era de cerca de 30 cm a cada 24 horas, caiu, desde a sexta-feira (24), para 3 cm por dia. A fenda foi descoberta com 10 cm, em agosto.
Um laudo técnico elaborado pelo Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), divulgado nesta segunda-feira (27), apontou as causas que provocaram o surgimento da fenda, entre elas o excesso de chuva de 2008, que teria iniciado o surgimento de rachaduras imperceptíveis no morro de 30 metros.
De acordo com a Defesa Civil, o laudo explica que a retirada de barro de um dos lados do morro e o aterro realizado em lagoas no entorno do local foram agravados pelo excesso de chuva de 2008, o que provocou instabilidade do solo e o aparecimento da fenda em agosto deste ano. "Tudo isso provocou o desequilíbrio do morro. A fenda surgiu porque o solo do aterro era mais leve e a terra do morro mais pesada, agora começou o equilíbrio de peso entre o morro e o solo e a fenda, a estabilizar", explicou o coordenador da Defesa Civil Ademar Marquaret.
Ele afirma que, por recomendação dos técnicos do Ceped, obras só vão poder ser feitas no local mediante um trabalho geofísico, para medir a profundidade total da fenda. " A recomendação dos técnicos é que não se faça nenhuma obra de contenção no morro sem antes uma pesquisa", disse Marquaret.
Desde esta segunda-feira (27), a empresa que havia sido evacuada há uma semana foi parcialmente reativada e as duas famílias que tinham deixado suas casas retornaram. A Defesa Civil afirma que vai continuar com o monitoramento da área por precaução, e que apenas em caso de chuva forte, os locais deverão ser novamente esvaziados.
Aparecimento da fenda
A fenda foi descoberta no dia 16 de agosto com 10 cm, num morro de 30 metros. Moradores próximo ao morro perceberam rachaduras nas paredes de uma casa. Ao acionarem a Defesa Civil, foi constatado o deslocamento da fenda no morro. Os moradores foram retirados do local.
No dia 20 de setembro, após chuvas durante o fim de semana, a casa desabou e uma fábrica de peças de bicicleta teve que ser evacuada. Havia previsão de chuva e a Defesa Civil decidiu esvaziar o local por medida preventiva, já que as paredes da empresa apresentavam pequenas rachaduras.
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