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Ventos fortes e árvores retorcidas fizeram moradores do Bacacheri falar em "um pequeno ciclone". Segundo o meteorogista Samuel Braun, do Instituto Tecnológico Simepar, é muito difícil saber exatamente o que aconteceu na Rua Venezuela no começo da noite de anteontem sem fotografias ou vídeos para análise. "É verdade que, pelas informações do radar, havia condições favoráveis à formação de um fenômeno como esse, mas sem uma comprovação visual não podemos dizer nada", argumenta. De concreto, sabe-se que a velocidade do vento no bairro chegou a 65 quilômetros por hora – acima de 54 km/h os ventos são considerados "fortes".

Braun explica que as chuvas fortes e rápidas, comuns no verão, formam-se em locais com tempo abafado e quente, com umidade elevada. "Essas chuvas são muito localizadas por causa de um aquecimento desigual em áreas muito próximas. Não são como frentes frias, que cobrem grandes espaços e provocam aquela chuva mais fraca, mas constante", diz. Quando o dia amanhece nublado, com um pouco de chuva, a chance das grandes pancadas de fim de tarde diminui muito. Em Curitiba, o fim de semana deve ser chuvoso, mas o tempo melhora na segunda-feira. (MAC)

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