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O feriado prolongado do Dia do Trabalhador foi o mais violento nas estradas que cortam o Paraná desde o início de 2009. De acordo com balanço das polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF), entre as 18 horas de quinta-feira (30) e a meia-noite de domingo (3) o número de mortes em rodovias foi de 22, um a mais que o do recesso de réveillon, até então o que registrava mais óbitos no estado neste ano.

A quantidade oficial de mortes deste feriado é exatamente a mesma que a registrada no recesso do Dia do Trabalhador de 2008, quando o feriado caiu em uma quinta-feira, e os dados das polícias rodoviárias contabilizaram os acidentes de quatro dias.

Sem considerar o recesso do réveillon, que compreendeu um período de cinco dias – do dia 31 de dezembro de 2008 à meia-noite de 4 de janeiro de 2009 – o número de mortes nas estradas do Paraná tem sido crescente nos feriados prolongados. No Carnaval, entre a sexta-feira e a Quarta-Feira de Cinzas, 17 pessoas morreram nas rodovias federais e estaduais do Paraná. No recesso da Semana Santa, que teve três dias, também foram registradas 17 mortes. Já no feriado de Tiradentes, foram 21 os óbitos contabilizados pelas polícias rodoviárias no Paraná.

A maior parte dos óbitos do Dia do Trabalhador de 2009 aconteceu nas rodovias estaduais – foram 18 óbitos registrados pela PRE. O tenente Sheldon Vortolin, chefe de Operações Especiais do órgão, atribui à imprudência dos motoristas a violência dos acidentes. "O trabalho de fiscalização da polícia é feito com rigor, mas nunca dá para saber como o motorista vai se comportar", justifica.

Ele ressalta que o número de acidentes caiu nas estradas administradas pela PRE tanto em relação ao feriado do ano passado quanto ao último recesso deste ano. Foram 186 acidentes neste Dia do Trabalhador contra 223 em 2008; e 161 feridos, contra 181 na Operação 1º de Maio anterior. Em comparação com o último feriado, de Tiradentes, houve redução de 6% acidentes, que caíram de 198 para 186. "O que torna o feriado violento é o fato de haver acidentes que levam à morte muitas pessoas de uma vez", afirma Vortolin.

A PRF não faz a comparação com dados de 2008 por considerar que qualquer conclusão pode ser precipitada, por causa da diferença no número de dias abrangidos pelo balanço. Em relação ao último feriado da Páscoa, entretanto, a quantidade de acidentes saltou de 121 para 164 nas rodovias federais. O inspetor Fabiano Moreno, chefe de comunicação social da PRF, considera que o mau tempo nas rodovias federais é que contribuíram para o aumento de acidentes.

Mais mortes

Além dos óbitos computados oficialmente pela polícia durante atendimentos às ocorrências, pelo menos outras duas pessoas morreram em hospitais para onde foram encaminhadas após sofrer um acidente. Na região da Represa do Capivari, próximo à divisa do Paraná com o estado de São Paulo, o motorista de um Celta que trafegava no sentido São Paulo-Curitiba perdeu o controle da direção no km 40 da rodovia e atropelou o motorista de um guincho da concessionária Autopista Régis Bittencourt e o condutor de um Astra que havia se acidentado pouco antes e estava sobre o canteiro central. Duas pessoas entraram em óbito no local. De acordo com registros da PRF, o motorista do Astra, que havia saído ileso do primeiro acidente, foi encaminhado para o hospital com lesões graves. Lá, no entanto, não resistiu aos ferimentos e também morreu.

Em Campo Mourão, dois acidentes na tarde de domingo (3), no trecho da BR-369 entre as cidades de Mamborê e Campo Mourão, deixaram três mortos e três feridos na hora. Uma criança de um ano de idade, que chegou a ser socorrida com vida durante o atendimento da PRF, acabou morrendo no Central Hospitalar de Campo Mourão.

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