Curitiba e os municípios da região metropolitana (RMC) terminaram o feriado prolongado de Proclamação da República com 18 mortes violentas. Os números foram obtidos com base em boletins do Instituto Médico-Legal (IML) e levam em conta as mortes ocorridas por ferimentos de arma de fogo ou branca e por agressões físicas.

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Oito assassinatos foram registrados na capital. Dez casos ocorreram na RMC, nos municípios de São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Lapa, Araucária e Campo Largo. Em 15 casos, os autores usaram armas de fogo para cometer o crime. As outras três vítimas foram mortas a golpes de armas brancas.

Irmãos atacados no Tatuquara

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O último caso ocorrido em Curitiba foi registrado no bairro Tatuquara, onde um rapaz de 20 anos foi assassinado e a irmã dele foi baleada. Segundo informações da Delegacia de Homicídios (DH), as vítimas conversavam em frente de casa, quando dois homens chegaram a pé e efetuaram diversos tiros.

Peter Willian Oliveira foi atingido por quatro disparos na cabeça e morreu no local. Dois tiros atingiram a cabeça e o pescoço da irmã dele, de 15 anos de idade. A jovem está internada em estado grave, no Hospital do Trabalhador. O marido dela, que também estava em frente da casa, conseguiu escapar dos atiradores.

Fuga

Segundo o delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos, os autores do crime fugiram caminhando. Familiares apontaram que Oliveira era integrante de uma torcida organizada de time de futebol e que esta pode ser a motivação do crime. "Apesar de não ser uma linha de investigação forte, ela também será investigada. Mas acreditamos que o crime possa estar vinculado a outros elementos", disse o delegado.

Vizinho é acusado de matar mulher

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Um dos casos de maior repercussão foi a morte de Maria Josefa Furtado, 37 anos. O corpo dela foi encontrado no porta-malas do Palio que pertence à família, na terça-feira (15). Segundo a Delegacia de Homicídios, o crime foi cometido por um vizinho da vítima.

O delegado Quintas dos Santos informou que Maria Josefa morava em um sobrado com o marido e com outras duas famílias. Um dos moradores do imóvel teria ameaçado de morte a vítima na semana passada, depois de ela ter dito que o denunciaria ao Conselho Tutelar. "O acusado tem um filho de dois meses de idade e teria um histórico de praticar maus tratos contra o bebê", disse o delegado.

Segundo ele, Maria Josefa chegou a trabalhar como babá, cuidando do filho do acusado. Após sofrer as ameaças, ela e o marido teriam tomado precauções. "A vítima sempre pedia ao marido para verificar se a porta do quarto estava trancada, porque ela tinha medo de que o acusado invadisse o cômodo enquanto eles estivessem dormindo", contou.

Na manhã de segunda-feira, o marido de Maria Josefa saiu de casa para trabalhar e, quando retornou, não encontrou nem a mulher nem o carro do casal. O Palio foi encontrado na Rua Brasil Para Cristo. A vítima estava estrangulada no porta-malas. Nesta quarta-feira (16), a DH pediu a prisão do acusado, identificado como Marcelo Cristovão Firmino Venturi, de 26 anos. Ele está foragido. Informações que ajudem a polícia a localizar o paradeiro do acusado podem ser repassadas anonimamente pelo telefone (41) 3360-1400.

Morador de rua é encontrado morto

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Nesta quarta-feira (16), um morador de rua - ainda não identificado - foi encontrado morto na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O homem estava caído de bruços, sob um viaduto localizado no cruzamento da Avenida Juscelino Kubistchek com a Rua João Bettega. "Ele apresentava uma lesão na cabeça. Havia muito sangue e não foi possível determinar no local se a causa da morte foi tiro ou algum tipo de agressão física", disse a delegada Soraya Mendes da Silva.

De acordo com ela, peritos do Instituto de Criminalística (IC) apontaram que a morte deve ter ocorrido na manhã desta quarta-feira. Operários de uma obra nas proximidades do local informaram que o homem era conhecido na região, mas que não viram o momento em que o crime ocorreu. "Tem o barulho das ruas e, além disso, o viaduto fica distante das residências, o que impossibilita que os vizinhos ouçam algo", avaliou Soraya.